VIDA DE CASADO

A peça em pauta, tenta retratar a felicidade e o drama iniciais de um jovem casal, que com a ajuda de um casal amigo, consegue se reencontrar.
Há reconhecimento de erros, arrependimento e perdão, que são princípios bíblicos e antecedem o restabelecimento de um bom relacionamento .
P.S. Observem que é um casal amigo, as parcerias normalmente agem diferente.

A dica é procurar amizades(que nos influenciam)que tenham princípios bíblicos.

O jovem casal entra no palco com as malas da viagem.
SOLANGE: Ah querido! Que bom estar com você em nossa casa. Agora somos só nós três.
CIDO: Nós três quem? Você não trouxe sua mãe, né?
SOLANGE: Não querido. Nós três: eu, você e o amor.
CIDO: Ah bom! Vamos guardar as nossas malas e recordar a nossa viagem de lua-de-mel.
SOLANGE: Vamos, vamos, vamos.
(Os dois saem de cena. Logo em seguida voltam ao palco)
(O marido já vai para o trabalho e a mulher fica em casa cuidando do lar. As despedidas são as de sempre)
CIDO: Tchau, amor. Até de tarde.
SOLANGE: Se cuida tá. Vê se almoça direito.
CIDO: Pode deixar.
(A mulher começa a limpar a casa)
SOLANGE: Bom, vou dar uma arrumada em tudo.
(Em seguida recebe a visita de uma velha amiga)
MARGARETH: Ô de casa. Posso entrar ?
SOLANGE: Margareth ! Entra. Que surpresa. Você é a nossa primeira visita. Vamos entrando.
MARGARETH: Como foram de viagem? E a vida de casada, tudo bem?
SOLANGE: Ah Margareth , a viagem foi tudo o que eu sonhei. Apesar do carro ter quebrado, tudo correu bem. E o Cido é o príncipe que eu sempre quis. Tão romântico.
MARGARETH: Fico contente que tudo está indo bem. Mas não quero atrapalhar. Sempre que vocês precisarem, procurem a gente tá? Afinal de contas, a nossa amizade é muito grande.
SOLANGE: Ah! Muito obrigada. E volte sempre.
(Acontecem as despedidas. A mulher continua a limpeza. Vê as horas e resolve ir cuidar da comida.
Passou-se o dia, e à tarde o marido chega)
CIDO: Querida! Cheguei!
SOLANGE: Ah! Já tava ficando com saudades. Me diz como foi o seu dia.
CIDO: O pessoal no serviço ficou perguntando os detalhes da viagem, etc. Aquilo de sempre. E você como foi?
SOLANGE: A Margareth veio me visitar. Fiquei super contente. Foi a nossa primeira visita. Ela é uma ótima amiga.
CIDO: É mesmo. Bom, o que tem pra jantar, que eu tô morrendo de fome.
SOLANGE: Surpresa! Vem vê, vem.
(Os dois saem de cena. Passa-se um cartaz, mostrando o tempo de casados : 01 ano Depois.)
SOLANGE: Poxa bem! Você roncou esta noite, hein?
CIDO: Eu? Você tava sonhando.
SOLANGE: Tava nada. Parecia um terremoto.
CIDO: Que nada. Bom deixa eu ir trabalhar. Tô atrasado.
SOLANGE: Hei! Não vai me dar um beijo?
CIDO: É mesmo. Tchau. Até de tarde.
(Saindo do serviço, o marido encontra-se com um velho amigo da época em que era solteiro e frequentava bares)
ISMAEL: Cido! Quanto tempo. Como vai?
CIDO: Ismael, tudo bem?
ISMAEL: Poxa, fiquei sabendo que você casou. Nem lembrou dos amigos, hein?
CIDO: Que é isso. É que foi uma coisa só pra família.
ISMAEL: Bom, deixa pra lá. Só que vamos tomar uma cerveja pra comemorar.
CIDO: Eu não posso hoje. Vamos deixar pra outro dia.
ISMAEL: Porque não? A mulher não deixa?
CIDO: Não é isso. É que eu não avisei nada e ela pode ficar preocupada.
ISMAEL: A mulher tem que ir acostumando. Senão, logo você tá com um cabresto.
CIDO: Então tá bom. Uma só e depois eu vou embora.
ISMAEL: Tá feito. Só que isso tem que se repetir. Afinal de contas, a gente já aprontou muito juntos, lembra?
(Em casa, a mulher já começa a ficar preocupada)
SOLANGE: Nossa! Já são 09:00 da noite e o Cido ainda não chegou. O que será que aconteceu.
Nisso, o marido chega:
SOLANGE: O que aconteceu, bem?
CIDO: Nada. Só atrasei um pouco.
SOLANGE: Um pouco? Aonde você tava?
(E começa a “vistoriar” o marido e percebe o cheiro da bebida)
SOLANGE: Tava bebendo né? Com quem?
CIDO: É que eu encontrei com o Ismael e resolvemos tomar uma cervejinha pra matar a saudade.
SOLANGE: Com o Ismael ? Pra matar saudade? Você sabe que eu não gosto dele e nem que você beba, né?
CIDO: Eu sei, bem. É que não teve jeito de eu sair fora. Mas prometo que isso não vai se repetir. Dá um beijo, dá.
SOLANGE: Que beijo o que. Vai escovar os dentes primeiro, pra ver se esse bafo diminui. E vem jantar pra eu arrumar a cozinha e ver a novela.
CIDO: Tá bom, bem. Já tô indo.
(Dias depois, o marido sai como sempre para trabalhar)
SOLANGE: Bom serviço, e vê se não atrasa.
CIDO: Pode deixar.
A mulher se lembra que tem de comprar algumas coisas:
SOLANGE: Bom, vou aproveitar hoje para comprar o que tá faltando, e dar uma olhadinha no Shopping.
Já de tarde, a mulher chega com alguns embrulhos. Em seguida chega o marido:
CIDO: Benheê ! Cheguei !
(A mulher indiferente)
SOLANGE: Ah! Oi !
CIDO: O que aconteceu?
SOLANGE: Nada.
CIDO: Já que não é nada, vamos jantar.
SOLANGE: Ah Cido! Você só pensa em comer! Eu sai hoje, cheguei agora pouco e não fiz comida. Se vira, frita um ovo e come.
CIDO: Ovo?
SOLANGE: Deixa eu ir ver a minha novela.
(Os dois saem de cena com o marido indignado)
(No outro dia, os dois se despedem, e o marido se admira de ver a mulher pronta logo cedo)
CIDO: Aonde você vai logo cedo?
SOLANGE: Vou passar o dia com a minha mãe e não sei se vai dar para fazer o jantar hoje.
CIDO: Porque não?
SOLANGE: Eu posso sair com a minha mãe e me atrasar.
CIDO: Eu não vou comer ovo de novo não! Bom deixa ei ir. Tchau.
SOLANGE: Tchau. Vai com Deus !
(Acontece que no mesmo dia, o marido e seu amigo se encontram novamente. E acontece o esperado)
ISMAEL: Cido ! Tava pensando em você mesmo. Vamos tomar uma?
CIDO: Eu não posso. Aquele dia a minha mulher ficou uma fera.
ISMAEL: Xii! Já tá assim em um ano de casamento? Se você continuar deixando, tchau liberdade. Todo homem tem direito a bater um papo com os amigos, a se divertir. Vamos lá.
CIDO: Tá bom. Você tá certo. Vamo nessa, ela tá com a mãe dela mesmo.
(A mulher chega e começa a se preocupar, pois é tarde)
SOLANGE: Meu Deus! Será que aconteceu alguma coisa?
(O marido chega, levemente embriagado.)
SOLANGE: O que é isso?
CIDO: Ah! Não enche o saco.
SOLANGE: Você sabe que eu não gosto disso.
CIDO: Dá licença que eu vou dormir.
(No outro dia, o marido sai para trabalhar, e tudo se repete, marido e amigo se encontram)
ISMAEL: E ai Cido? Tudo bem ontem?
CIDO: Tudo. A mulher começou a querer encher, mandei ela calar a boca e fui dormir.
ISMAEL: É assim que se faz. E hoje tem uma surpresa. Dá uma olhada.
CIDO: O que é isso?
ISMAEL: Descolei dois convites para hoje à noite na Momentu’s na festa da espuma, vamos?
CIDO: Mas é tarde e se alguém me ver e contar para minha mulher?
ISMAEL: Você fala que ficou trabalhando até tarde e depois foi jantar com o pessoal do trabalho, e nega que você foi lá. Não dá outra. Já fiz isso um monte de vezes.
CIDO: Tá feito. Vamos nessa.
Mas em casa é só choro e desespero. Já são tantas da madrugada a hora que o marido chega.
SOLANGE: Cido! O que tá acontecendo? Esqueceu que tem casa e mulher?
CIDO: Não enche. Você tem que entender que eu tenho que me divertir também. E dá licença que eu tô som sono.
(No dia seguinte, os dois nem se olham. O marido sai para trabalhar. A mulher desesperada começa a rezar, pedindo ajuda de Deus. Nisso chega um casal de amigos)
MARCOS: Oi Solange, tudo bem?
SOLANGE: Bem nada. Tudo péssimo. ( chorando).
MARGARETH: Mas, o que aconteceu?
SOLANGE: É o Cido. Já faz tempo que deu para parar em bar e chegar de madrugada. O nosso casamento tá indo para o buraco. Só existe o bar e os amigos.
MARCOS: Poxa Não sabia que as coisas estavam assim. Vocês não conversaram?
SOLANGE: De que jeito? Chega que nem um cavalo. Sempre meio alto e valente.
MARGARETH: Nossa. A gente pode vir falar com ele, não é . Quem sabe a gente, ele ouve.
SOLANGE: Ah! É mesmo! Ele tem tanto respeito por vocês. Vocês fariam isto por nós?
MARCOS: É claro. Hoje mesmo à noite a gente vem.
(Chega a noite e o marido chega. A mulher avisa)
SOLANGE: Vê se não vai dormir, que hoje tem visita.
CIDO: Quem vem enche o saco hoje? A sua mãe ?
SOLANGE: O Marcos e a Margareth . E eles não enchem nada. Tenha mais educação.
(Logo em seguida o casal de amigos chega; acontecem os cumprimentos. Logo o amigo entra no assunto)
MARCOS: Eu gostaria de falar muito sério com você Cido.
Nós fomos seus padrinhos de casamento e acho que posso lhe falar isso.
A gente tem percebido que as coisas não estão indo bem entre vocês.
CIDO: Que nada. É coisa dela.
MARGARETH: Não é não Cido. Eu e o , já várias vezes temos visto você no bar Chupeta .
E isto está atrapalhando seu casamento.
CIDO: Mas pera aí! Eu tenho direito a tomar uma cerveja com meus amigos.
É ela que esquece de mim. Já tô enjoado de comer ovo todo dia.
MARCOS: É claro que tem. Desde que isto não atrapalhe seu casamento.
Em primeiro lugar o lar, depois os amigos, que pelo jeito, são amigos da onça.
E você também Solange, tem que colaborar e não dar motivos.
MARGARETH: Vocês não podem esquecer do compromisso que firmaram com Deus no dia do seu casamento. Foi para toda vida.
MARCOS: Nos problemas de sua casa, não tem amigo nenhum que vem te ajudar. Você se casou com uma mulher excelente, não pode perder isso tudo. Pense bem nisto e converse com sua mulher, e você com ele Solange.
(O casal vai embora. O marido reflete e resolve se reconciliar com a mulher. Ele a chama)
CIDO: Solange. Eu preciso te falar uma coisa.
(A mulher choramingando)
SOLANGE: Eu também. Fala você primeiro.
CIDO: E que eu…. eu sei que andei pisando na bola e o e a me ajudaram e enxergar as coisas e sei o quanto errei. Me perdoa.
(Há um momento de silêncio)
SOLANGE: Eu sei que ando meio relaxada. Você me perdoa também ?
CIDO: Perdôo! Perdôo!
SOLANGE: Eu também te perdôo!
Os dois se abraçam, e…

FIM.
Peça do GRUPO MILENIUM
Divulgada no site do GRUPO VIVARTE

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