História do Filho Pródigo com adaptação, onde o seu retorno para casa se dá, na época de Natal
O filho mais novo quer a herança, e ganha
Gasta tudo e fica na pior
“Lembra do pai” e dos empregados do pai
E a volta pra casa se dá na época do Natal
VOLTA AO LAR
A DESOBEDIÊNCIA
A FILHA PRÓDIGA
FILHO PRÓDIGO – em Versão Moderna
OS DOIS FILHOS
DE VOLTA PRA CASA!
ABRINDO MÃO
Personagens:
Filho Pródigo- Irmão- Pai-
Satanás- Jesus- Amiga (1)-
Amiga (2)- Ladrão- Paulão-
Fazendeira- Criança 1- Criança 2-
Criança 3- Criança 4 – Criança 5 –
Empregada- Narração- LADRÃO:
Ato 01 – Numa sala está o Pai e o Filho Pródigo sentados aguardando a chegada do outro filho. Depois que as cortinas se abrem, entra o filho. Antes que as cortinas se abram, entra narração.
NARRAÇÃO: Existe um lugar, onde tudo foi planejado para que existia paz, tranquilidade, entendimento e amor. Um lugar onde as pessoas pudessem se entender e viver em cumplicidade umas com as outras. Este lugar é chamado de lar, lugar de refúgio, Lugar onde pessoas unidas constituem uma família e apesar da família ser um projeto perfeito, muitos não conseguem atingir o equilíbrio perfeito de uma família bem sucedida, então os diferentes interesses surgem como uma espada afiada, dividindo-a ao meio, proliferando mágoa, angustia e dor. (abre-se as cortinas) Neste exato momento uma destas famílias está prestes a passar pelo fio desta espada.
FILHO: (entrando na sala) Oi pai, o senhor me chamou?
PAI: Sim filho, seu irmão tem algo a dizer e eu gostaria que vc. Também estivesse presente. (dirigindo-se ao filho pródigo) Pode dizer filho. O que vc. quer ?
FILHO PRÓDIGO: (levantando-se) Pai, eu quero tudo que é meu, vou viver minhas próprias experiências, quero viver a minha vida, estou cansado disso tudo, eu não sou como você, vou morar sozinho, assim você não vai mandar em mim, vou fazer tudo que eu quero.
FILHO: (Indignado) O que?
PAI: Você tem certeza que é isso que você quer? Filho você tem tudo que precisa aqui na fazenda, nunca te faltou nada.
Pense melhor. Olha, este ano nós vamos preparar a melhor festa de natal que já fizemos na fazenda, sem você aqui isso não terá sentido meu filho.
FILHO PRÓDIGO: Eu já tomei minha decisão, e não vai ser uma festinha de natal que vai me fazer mudar de ideia.
FILHO: Você é um ingrato, como pode falar assim com nosso pai.
PAI: (Acalmando a situação) Calma filhos, não precisamos nos exaltar. (Dirigindo-se ao filho pródigo) É isso mesmo que quer?
FILHO PRÓDIGO: Sim, eu estou cansado dessa vida de fazenda, eu quero viver minha vida, do meu jeito.
FILHO: Você tá maluco pai. Você vai permitir isso?
PAI: (para o filho, fala triste) Se for assim que ele quer, assim será!
FILHO PRÓDIGO: (mostrando um papel ao pai) Aqui está o documento para você assinar, para passar tudo o que é meu por direito.
FILHO: Eu não acredito nisso, não vou ficar aqui assistindo isso (vai saindo da sala).
PAI: (Observa o papel um instante e em seguida assina o documento) Aqui está filho, tudo que você tem direito é seu, mas tome cuidado com que vai fazer.
FILHO PRÓDIGO: (Pegando o documento) Não se preocupe, eu só quero ser feliz e livre. (saindo) Aí, galera. Agora é só curtição, agora eu sou “playba”!* (música)
Ato 02 – As cortinas se fecham para troca de cenário. Um ambiente de festa. Com as cortinas fechadas entra satanás comemorando sobre o som de uma forte música de suspense.
SATANÁS: (Entra pela frente dando gargalhadas) …Haaaaa há há há Haaaaa…. Que maravilha, mais uma família começa a ser desmantelada. Bom, agora só preciso garantir que ele se destrua de vez e então, estará em minhas mãos… (Gargalhada…) …Haaaaa há há há Haaaaa….Para Sempre …Haaaaa há há há Haaaaa….(sai correndo)
Entra música de festa e enquanto as cortinas se abrem entra narração. No palco uma mesa com copos e garrafas e se possível algumas pessoas de figurante e o filho pródigo ao redor da mesa com duas amigas.
NARRAÇÃO: – Durante dias, sua vida virou só curtição, indo a festas, pagando a entrada de todos, vestindo as melhores roupas… e após um tempo passou a se drogar.
FILHO PRÓDIGO: Que festaço, só filé, aí tu viu aquela mina que me deu mole né? Eu sou o cara!
AMIGA (1): aquela que te deu mole é tão feia que quem trouxe ela não foi nem a cegonha foi um urubu, que ainda pediu desculpa a mãe dela.
AMIGA (2): a única mina bonita que falo com vc, te deu um toco inesquecível, (Imitando uma cantada)te conheço de algum lugar? É eu me lembro de você do curral que eu fui semana passada! _ não sabia que boneca andava! _ e eu não sabia que burro falava! É cara sua situação ta difícil
FILHO PRÓDIGO: Qual é, esquece isso, tu que me queimar?
AMIGA (2): mais? Impossível.
FILHO PRÓDIGO: Esquece isso! (nisso entra outro amigo – O Paulão)
PAULÃO: Fala aí galera, cheguei!
AMIGA (2): Oh cara, onde você estava?
FILHO PRÓDIGO: É meu, faz um tempão que chegamos aqui.
PAULÃO: Sabe o que é, eu estava negociando um lance aí pra gente, mas não deu certo.
AMIGA (1): Não deu certo por quê?
PAULÃO: Faltou grana, O que eu tinha não dava. Foi uma pena, pois nós íamos curtir o maior barato.
FILHO PRÓDIGO: Faltou quanto mano, fala aí que eu dou um jeito.
PAULÃO: Quinhentos paus.
FILHO PRÓDIGO: Por isso não. (Tira a carteira do bolso e assina um cheque entregando pro Paulão) Toma aqui “mil pilas” e trás o dobro, nós merecemos fartura.
PAULÃO: Aí, senti firmeza, to indo, mas já volto com a nossa noite garantida. Fui (sai de cena)
AMIGA (1): cara você e maluco de andar com esse cheque por ai.
FILHO PRÓDIGO: melhor comigo do que sendo sugado num banco.
AMIGA (2): O sem mulher ta certo!
FILHO PRÓDIGO: Olha, agora eu sou dono do meu nariz, e tenho grana pra fazer o que eu quiser. E falando nisso, esse ano eu vou financiar uma festa de natal pra toda galera, que vai ser a festa mais falada de toda região, vocês vão ver.
AMIGA (2): O cara tá inspirado hein, Aí pode contar com a gente nessa balada aí…
FILHO PRÓDIGO: Eu to com uma parada boa aqui. Enquanto o Paulão não vem, dá pro gasto.(Filho Pródigo e as amigas, fazem uma “rodinha” para acenderem um “baseado” e nisso uma pessoa (a ladra) vem e o cumprimenta)
LADRA: E ai meu velho, tudo certo?
FILHO PRÓDIGO: tudo?
LADRA: Pó cara, deixa eu ir lá que tem um cara me esperando. (Ela o abraça e sem que o filho pródigo perceba, ela leva sua carteira)
AMIGA (2): quem é essa maluca.
FILHO PRÓDIGO: cara eu não faço a mínima! (levanta o “cigarrinho”, e diz). E fez Deus as ervas e viu que era bom!(traga prende esolta, e todos riem, toca uma musica e eles se drogam passando o cigarro um para o outro)
AMIGA (1): acende mais um aí maluco!
FILHO PRÓDIGO: Pô cara acabo!!
AMIGA (1): agora você tem dinheiro, compra mais lá, seu mão de vaca.
FILHO PRÓDIGO: – (procura a carteira em seus bolsos, mas não acha.) A minha carteira sumiu, cara eu fui roubado, foi aquela filha…!
AMIGA (2): Pára com isso…, pega logo o dinheiro.
FILHO PRÓDIGO: – Eu to falando sério, a minha carteira sumiu.
(silêncio) * A amiga (1) olha para a amiga (2) *
AMIGA (2): – Pô cara, valeu hein, quando você achar agente volta. (Os amigos o humilham e saem. O Filho Pródigo volta-se para o público e as cortinas se fecham).
SATANÁS: (Entra pela frente dando gargalhadas) …Haaaaa há há há Haaaaa…. Que maravilha, o meu plano está dando certo mais uma vez, eu lhe dei tudo o que queria, agora ele está a um passo de cair em minhas mãos…(Gargalhada…) …Haaaaa há há há Haaaaa….e para sempre …Haaaaa há há há Haaaaa….(sai correndo)
Entra uma música triste e enquanto as cortinas se abrem entra narração. No palco se for possível, simular uma calçada. O filho pródigo Entra com roupas sujas e muito deprimido com umas notas de dinheiro na mão como que se as contasse.
FILHO PRÓDIGO: Esse dinheiro é tudo que me resta, isso só dá pra eu comer alguns dias e depois, só Deus sabe o que vai ser de mim.
LADRÃO: ( Se aproxima devagar) Oi amigo. você tem horas aí.
FILHO PRÓDIGO: (desconfiado guarda o dinheiro) Não, eu não tenho relógio.
LADRÃO: Viu, eu não sou daqui da cidade. Será que você não tem um ou dois real pra eu poder comprar alguma coisa pra comer.
FILHO PRÓDIGO: Me desculpe, eu não tenho.
LADRÃO: ( insistindo) Mas, nem um realzinho.
FILHO PRÓDIGO: Me desculpe amigo, eu também estou na pior. Não posso te ajudar não.
LADRÃO: (puxando uma arma e avançando) Qual é mano, isso é um assalto. Pensa que eu não vi você contando o dinheiro.
Passa a grana agora, vamos…anda…
FILHO PRÓDIGO: Calma cara, eu não tenho nada, eu estou na pior.
LADRÃO: (encostando a arma em sua cabeça) Eu não sou idiota meu caro.
Enfia a mão no bolso e me dá essa grana, se não eu te mando pro inferno.
FILHO PRÓDIGO: (Pegando o dinheiro) Calma, calma, aqui está. (entrega o dinheiro)
Eu não tenho mais nada, é só isso.
LADRÃO: (Pega o dinheiro) Mas que merreca. Agora vira de costa e se você olhar pra trás, eu te encho de chumbo.
(sai correndo, depois que ele se vira).
FILHO PRÓDIGO: (Depois do ladrão ter ido embora, senta-se no chão) Que situação, agora eu estou perdido de vez, não me restou mais nada.
Estamos na semana de natal, todos estão preparando-se para dias felizes de festas e comemorações, e eu não tenho nem onde ficar. O que eu vou fazer? (abaixa a cabeça)
Começa uma música triste e narração:
NARRAÇÃO: Algum tempo depois… Ele se encontra destruído, sem dinheiro e abandonado por aqueles… Que diziam ser seus amigos. Está escrito, Segundo a Palavra de Deus, no livro de Eclesiastes, Capítulo 5, Versículo 10 diz: –
O que amar o dinheiro, nunca se fartará de dinheiro; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda: também isto é vaidade.
Depois de um tempo, entram algumas crianças brincando e percebendo ele, começam a perturbá-lo a á humilhá-lo.
CRIANÇA (1): Olha tem um mendigo ali…
CRIANÇA (2): Vamos mexer com ele, me dá a bola aí…(Pega a bola de uma outra criança e joga nele e todas riem)
FILHO PRÓDIGO: (segurando a bola) Hei, o que vocês estão fazendo, não estão me vendo não.
CRIANÇA (2): Desculpa aí tio, pode me devolver a bola.
FILHO PRÓDIGO: (Devolvendo a bola) Tenham cuidado… (se vira na direção contrária a das crianças, que novamente jogam a bola nele pelas costas. Então se irrita). O que é, vocês não podem fazer isso.
CRIANÇA (3): Porque não, a gente faz o que quer.
FILHO PRÓDIGO: Não faz não, o que vocês acham que eu sou…
CRIANÇA (4): (Bem alto) Um Mendigo bobão…(e todas a crianças começam a chamá-lo de mendigo e saem correndo dele.)
FILHO PRÓDIGO: (ameaça correr atrás das crianças, depois volta para o lugar que estava) Que situação, que humilhação, o que foi que eu fiz da minha vida.
Os amigos se aproximam
AMIGA (1): Pô cara o que aconteceu com você?
FILHO PRÓDIGO: Eu perdi tudo, aquele cheque era o único dinheiro que eu tinha, agora eu não tenho dinheiro nem pra pagar o aluguel de uma quitinete..
PAULÃO: Aí. A vida é assim mesmo.
AMIGA (1): Olha, minha mãe tem uma fazenda e precisa de alguém pra alimentar os porcos.
FILHO PRÓDIGO: – Cuidar de porcos? Jamais!
PAULÃO: Cara, se eu fosse você eu aceitaria sim. Daqui a pouco é natal e eu acho que você não vai querer estar nesta situação não, ou vai.
FILHO PRÓDIGO: – Mas isso seria humilhante demais.
Amigo (2): – Então você pode ficar aí e morrer de fome, pensou que ia viver pra sempre nas custas do papai e não quis estudar. Você não tem escolha, ou vem ou morre de fome.
PAULÃO: Vamos nessa galera, deixa ele aí com seu orgulho idiota. (viram-se para sair)
FILHO PRÓDIGO: E o que eu recebo em troca?
AMIGA (1): Comida, um dinheirinho e pode até dormir no curral.
FILHO PRÓDIGO: Bom, como ela mesma disse, eu não tenho escolha. E eu não quero passar o natal nessa dureza não.
AMIGA (1): Então vamos falar com a coroa, mas ó, não diz pra ela que é meu amigo não, heim.
Ele abaixa a cabeça e sai caminhando atrás deles, enquanto toca uma música triste de fundo. As cortinas se fecham enquanto saem pela frente.
A fazendeira se posiciona no palco num cenário simples que lembre um chiqueiro. Depois de saírem completamente, para a música e abrem-se as cortinas.
FAZENDEIRA: (Com uma bacia cheia de comida para os porcos) Que trabalheira, eu tenho tanta coisa pra fazer e tenho que ficar cuidando destes porcos. Preciso arrumar alguém que faça isso por mim, e logo. (Nisso entra o Filho Pródigo com a Amiga 1).
AMIGA (1): Mãe, olha o que trouxe pra senhora.(aponta para o filho Pródigo, como se ele fosse qualquer coisa)
FAZENDEIRA: (Dá uma volta em torno dele) Mas quem é este traste e porque você o trouxe aqui.
AMIGA (1): Ora essa você não estava precisando de alguém para cuidar dos porcos.
FAZENDEIRA: A sim, claro. Afinal eu tenho que cuidar dos preparativos do natal. (Com desprezo) Mas francamente meu caro, os meus porcos estão mais limpos que você.
AMIGA (1): Ai coroa, to indo. Se não gostar dele, é só mandá-lo embora. (vai saindo) …Fui…
FILHO PRÓDIGO: (envergonhado) Olha dona, eu faço o que a senhora quiser….
FAZENDEIRA: Acho que não, você é um maltrapilho, pode até transmitir doença pros meus porcos…
FILHO PRÓDIGO: Que isso dona, eu só estou um pouco sujo. Olha se a senhora quiser, eu trabalho pela comida e por um lugar para dormir.
FAZENDEIRA: Tudo bem, você pode cuidar dos porcos e te dou um prato de comida por dia, agora dormir, você vai ter que se virar por aí.
FILHO PRÓDIGO: Tudo bem eu dou um Jeito.
FAZENDEIRA: Então comece limpando essa sujeira toda, e fique esperto, eu estou de olho em você. Se alguma coisa acontecer com meus porcos, você vai estar em sérios apuros, esses porcos serão vendidos para ceia de natal e eu quero que eles estejam bem quando seus compradores vierem buscá-los(Vai saindo)
FILHO PRÓDIGO: Pode deixar senhora.
Anda um pouco como se observasse o lugar, depois começa a trabalhar. Uma musica suave e narração.
NARRAÇÃO: – Ao decorrer dos dias, sendo humilhado ao cuidar de porcos, ele sentiu uma grande angustia em seu coração, pela vergonha e indignação por ter saído da casa de seu pai e chegar a tal ponto, de desejar a comida dos porcos.
Filho Pródigo trabalhando e olhando a comida dos porcos e como se fosse uma segunda cena, o Pai entra à frente do palco.
PAI: – (Olha pro horizonte tentando ver se o filho está de volta) Senhor, cuide do meu filho, guarde-o e acampe seus anjos ao redor dele. Livra-o do mal, traga ele de volta para casa, ele foi uma promessa tua, tem misericórdia dele, toma-o pela mão, eu te imploro. Em nome de Jesus, amém. ( sai de cena)
Filho Pródigo trabalhando e olhando a comida dos porcos, se dirige a comer, mas desiste
FILHO PRÓDIGO: – A que ponto cheguei! Estou desejando a comida dos porcos! Na casa do meu pai não falta pão nem aos seus empregados! E eu, como pude ficar assim?!
Filho pródigo continua de joelhos e entra em cena, satanás.
SATANÁS: – Agora você é meu. Foi você quem me escolheu e nada vai tirar você de mim! Você é meu e nada, nem ninguém vai tirar você das minhas mãos!
FILHO PRÓDIGO: – Agora me lembro, desejei conhecer o mundo, conhecer a vida… E aquele olhar que me amedrontava, mas me atraía cada vez mais. Viajar em mais um baseado… Mas não é isso o que quero pra mim. Não quero felicidade momentânea, quero algo verdadeiro… E sei que só conseguirei com Deus. Voltarei à casa de meu pai, pedirei perdão, sei que ele…
SATANÁS: – Não! Ele não te aceitará. Você se foi, imagina a humilhação, imagina como ele se sentiu quando você o abandonou, e disse que não teria mais que ouvir suas ordens. (Com ênfase). Você preferiu ficar comigo se lembra? Ele não te aceitará!
Filho Pródigo (começa a orar): – Senhor, sei que não sou digno de entrar na sua presença, mas tenha misericórdia de mim, perdoe-me, ajuda-me para que o meu pai me aceite de volta, SENHOR!!! (Filho Pródigo ouve uma voz e continua de joelho)
JESUS: (Enquanto o Filho Pródigo fala vai entrando) Meu filho! Assim te digo, Eu, o Teu Deus Todo Poderoso, o Senhor da tua vida, Tenho visto o seu sofrimento, e te digo: Volte para a casa de seu pai, volte para o lugar de onde você nunca devia ter saído! E Eu te dou a autoridade de expulsar todo o mal, através de Meu Nome! Filho levante-se.
FILHO PRÓDIGO: – (Levanta a cabeça) Está escrito que no nome do Senhor faríamos milagres, curaríamos enfermos, faríamos cegos verem, surdos ouvirem, paralíticos andarem e também expulsaríamos demônios. (Levantando-se) Então Satanás, eu te repreendo em nome de Jesus, SAI! (Satanás sai de cena gritando não.) – Vou para a casa do meu pai, trabalharei como um de seus empregados, pelo menos serei mais bem tratado, assim como todos os empregados de lá. (Sai pela frente enquanto toca uma música e as cortinas se fecham para troca de cenário).
NARRAÇÃO: Deus tocou em seu coração, arrependido, ele decidiu voltar à casa de seu pai, lugar de onde não devia ter saído. Segundo a palavra de Deus, em Isaías, Capítulo 57, versículo 18 diz: “ – Eu vi os seus caminhos, mas o sararei; eu o guiarei e lhe tornarei a dar consolo.”
Na frente das cortinas surge o pai novamente olhando para o horizonte, de repente percebe algo ao longe.
PAI: Vejo alguém se aproximando. (Se esforça mais para ver) Se parece com meu filho, será que, que…(fica ansioso) Sim é ele, é meu filho.
FILHO PRÓDIGO: (Já no meio da Igreja, diz em vós alta) Pai…
PAI: Filho é você. (O Filho Pródigo vai ao seu encontro)
PAI: – Meu filho, estava à sua espera! Estava aguardando o dia em que você voltaria!
FILHO PRÓDIGO: – (No meio da fala do Pai, se joga aos pés do pai). Pai, sei que não sou digno nem de ser chamado de seu filho, mas me perdoa e me receba pelo menos como um de seus empregados, me perdoa por tudo que eu lhe fiz, por tudo que te fiz passar, me perdoa…
PAI: – (O pai chama seus empregados) Empregados, empregados! Tragam roupas novas, calçados, e ordeno a vocês que preparem um grande banquete para comemorar a volta de meu filho. Hoje é dia de natal e nossa ceia será festejada como nunca o fizemos antes. Vá preparem tudo.(O pai o leva) Venha filho, porei um anel em seu dedo… Filho como estou feliz em te ver. (olhando para o alto) Obrigado Senhor.
As cortinas se abrem e uma mesa posta, como que para uma festa, está sendo montada pelos empregados. O filho se aproxima e chama um dos empregados.
FILHO: Empregado, venha aqui, o que está acontecendo?
EMPREGADA: Seu pai mandou preparar um grande banquete para a ceia de natal, para comemorarmos a volta do seu irmão, que voltou são e salvo para casa.
FILHO: O que? Meu irmão voltou?
Enquanto se falam, o Pai e o Pródigo entram pelo fundo do palco
EMPREGADA: Sim, e seu pai mandou preparar a melhor festa que já demos aqui.
FILHO: Eu não vou entrar aí, não concordo com isso.
PAI: (Aproxima-se de filho) Meu filho, venha festejar a volta de seu irmão. Ele voltou para nós.
FILHO: (indignado) Festejar? Pai, estou contigo há tantos anos te ajudando, me esforçando, sem nunca te desobedecer e o senhor nunca me permitiu festejar dessa maneira com os meus amigos. Até os churrascos na beira da piscina, o senhor dificilmente permitia. Agora chega aquele ingrato que te virou as costas, recusando te obedecer, perdeu todos os seus bens, e o senhor o recebe banqueteando, festejando! À volta daquele que um dia te negou. Eu não compreendo!
PAI: – Meu filho, você sempre esteve comigo, todas as minhas coisas são suas, mas entenda, o teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado e, por isso me alegro.
FILHO: Mas pai…
PAI: Meu filho, sei que pode ser difícil para você aceitar isso, mas para mim é como se ele tivesse nascido de novo. Não tenha inveja de seu irmão, isso é pecado, e além do mais, amo você, tanto quanto a ele.
FILHO: Eu compreendo pai, está certo, o senhor o ama, pode ser difícil mas eu também o amo.
(O filho pródigo sorri e se aproxima, seu irmão o abraça e em seguida o pai abraça os dois, ficando os três abraçados).
PAI: Vamos. É natal e temos muito que comemorar nesta noite.
(Entram para a festa e logo depois entra Jesus, dizendo)
Jesus: Assim como este pai esperava ansioso a volta do seu filho, assim espero a sua volta.
Eu repreendo e disciplino a quantos amo.
Sê, pois, zeloso e arrepende-te.
Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.
Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono.
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras.
Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim.
Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas.
Eis que venho sem demora.
Bem-aventurado aquele que guarda as palavras desta profecia.
É natal, celebrem a minha vinda no meio de vós e lembrem-se que meu retorno está próximo.
Estejam prontos e aprovados, para que que estejam junto a mim, na glória celeste.
Feliz natal.
Música: A sua escolha.
Autores:
Grupo de Teatro Expressão Real