AS BELEMITAS junto ao poço, em Belém
Cinco meninas moradoras de Belém, vivendo na época que Jesus Nasceu.
Elas estão agitadas como a cidade estava naqueles dias.
Elas conversam sobre os assuntos do momento: A ordem do imperador, a cidade cheia de gente, as histórias contadas pelos pastores… a criança que nasceu.
Finaliza com a partida das meninas para adorar ao Senhor.
Peça muito antiga, apresentada por muita gente por todo o país.
Cinco meninas ou mocinhas vestidas à oriental, se possível, carregando cada uma um cântaro.
No palco deve haver algo semelhante a um poço.
Toca-se o hino 28 do “Cantor Cristão”, e duas entram, põem os cântaros no chão e falam:
1ª BELEMITA: Você já reparou que rebuliço vai lá por Belém? A vovó disse que nunca viu a cidade tão cheia. É tanta cara nova! Para que tudo isso? Será que vai haver festa?
2ª BELEMITA: Você não sabe? O Imperador mandou que todos se alistassem, e cada um em sua própria cidade. E assim todos os belemitas voltaram para Belém a fim de obedecer a palavra do Imperador.
1ª BELEMITA: Mas, é um horror! Não há mais lugar para ninguém. As hospedarias estão cheias. As casas de família já não tem lugar para abrigar o povo. Tomara já se passarem estes dias e voltarmos ao sossego da nossa calma cidade.
3ª BELEMITA: (Chegando-se) – Oh! Vocês vieram primeiro do que eu, hein?! Mas lhes conto porque atrasei: Quando saía de casa, passava um casal ainda à procura de hospedagem. Ela, moça e bonita. Ele já um tanto envelhecido. Tive tanta pena deles! Não achavam lugar onde pousar. Dizem que se hospedaram numa estrebaria. Se lá em casa não estivesse tão cheio…
1ª BELEMITA: Pois é. Agora mesmo estávamos comentando isso. Nunca se viu tanta gente assim em Belém. É um burrinho, uma barulhada! Tomara que este povo vá embora logo.
3ª BELEMITA: Ah! Pois eu gosto dessa agitação. A vida em Belém tem sido calma demais. Queria que houvesse lugar para abrigar todos os que vieram, para aquele pobre casal não ter de ficar numa estrebaria. Como tenho pensado neles!
2ª BELEMITA: Eu também gosto. Há mais alegria. E se encontram pessoas tão boas! Este casal de quem você fala está na estrebaria perto de sua casa?
3ª BELEMITA: Está sim. Coitados!
2ª BELEMITA: Vamos visitá-los?
3ª BELEMITA: Vamos. Eles parecem ser tão bons! Ela tem um olhar tão meigo e um sorriso tão puro! Parece uma pessoa muito boa.
1ª BELEMITA: Eu também quero ir com vocês. Posso?
2ª BELEMITA: Pode, sim. Mas vamos embora, que já está ficando tarde, e os pastores não demorarão a chegar para dar de beber aos rebanhos. (Saem. Fora é cantada a terceira estrofe do hino 28 do “Cantor Cristão”. Depois tornam a aparecer as belemitas, bem contentes.)
1ª BELEMITA: Quê?! Sou a primeira a chegar hoje? Onde estão as minhas companheiras? 4ª BELEMITA: Olá, como vai? Há quanto tempo não nos vemos! Onde tem andado? E as outras, já foram?
1ª BELEMITA: É verdade. Eu vou bem. Mas é você que anda sumida. Dá última vez que aqui estivemos você não veio.
2° e 3ª BELEMITA: (entrando apressadamente e procurando encher os cântaros) – Oh! Vocês ainda por aqui?!
4ª BELEMITA: É verdade. Sentimos falta de vocês. Por que estão assim tão apressadas?
3ª BELEMITA: Não sabe? Ainda não ouviram falar do menino que nasceu na manjedoura? 1ª BELEMITA: Ora, e você está assim impressionada com um acontecimento tão sem importância? 2ª BELEMITA: Sem importância? É porque você não ouviu o que os pastores disseram, minha amiga. Esse menino é filho de Deus, aquele de que os profetas falaram. É chegado o tempo. 4ª BELEMITA: (com interesse) – Que foi? Que foi que os pastores disseram? Que contaram eles? 2ª BELEMITA: Os pastores disseram que, enquanto guardavam os rebanhos durante as vigílias da noite, apareceu o anjo do Senhor, que veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor e tiveram grande temor. Mas o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo o Senhor. E isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura e, no mesmo instante, apareceu o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas alturas e paz na terra, boa vontade para com os homens.
1ª BELEMITA: Que coisa interessante! Em Belém vir nascer o Filho de Deus?!
2ª BELEMITA: Não é de admirar. Cumpre-se a profecia: E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti sairá o que será o Senhor em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.
4ª BELEMITA: E depois, que fizeram os pastores?
3ª BELEMITA: E aconteceu que, ausentando-se deles os anjos para o céu, disseram os pastores uns aos outros: Vamos, pois, até Belém, e vejamos isso que aconteceu, e que o Senhor nos fez saber. E foram apressadamente e acharam Maria, e José, e o menino, deitado na manjedoura. E a estrela? Dizem que o céu refulge uma estrela, cujo brilho é tão intenso e lindo como jamais foi visto! Jesus nasceu! agora haverá paz no coração da humanidade.
1ª BELEMITA: E vocês já viram o menino?
2ª BELEMITA: Vimos, sim. Fomos até lá e encontramos a criancinha enrolada em panos e deitada na manjedoura. Nós a adoramos! Como somos felizes!
5ª BELEMITA: (entra cantarolando) – Ó amigas, como folgo de encontrá-las ainda aqui. Estarão tão felizes e alegres quanto eu? Se vissem o que acabo de ver!…
1ª BELEMITA: Que foi? Que foi?
3ª BELEMITA: O menino na manjedoura?
5ª BELEMITA: Foi, sim!
2° e 3ª BELEMITA: Nós o vimos também.
5ª BELEMITA: E os sábios? As quatro – Os sábios?
5ª BELEMITA: Sim, os sábios que vieram do Oriente adorar o menino. Que vestimenta bonita trajavam eles! Disseram que há muito esperavam o cumprimento da profecia e que assim que viram a estrela vieram a adorar o Filho de Deus. Ajoelharam-se e ofereceram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra.
1ª BELEMITA: E ainda estão por aí?
4ª BELEMITA: Mas que significa dar, ao menino nascido, ouro, incenso e mirra?
5ª BELEMITA: Dizem que o ouro é o símbolo do poder, e, neste caso, o reconhecimento de que o menino é verdadeiramente o Filho de Deus, o Rei Todo Poderoso.
É a profecia dando os seus nomes o indica: porque um menino nos nasceu, um Filho se nos deu; e o principado está sobre seus ombros, e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz.
Ofereceram incenso, porque o reconheceram como Deus, pois assim é que honram ao Senhor, conforme o próprio Deus ordenou:
Quando alguma pessoa oferecer oferta de manjares ao Senhor, a sua oferta será de flor de farinha, e nela deitará azeite, e porá o incenso sobre ela.
E a trará aos sacerdotes, um dos quais tomará dela um punhado da flor da farinha, e do seu azeite, com todo o seu incenso; e o sacerdote queimará este memorial sobre o altar: oferta queimada e de cheiro suave ao Senhor.
E a mirra, como reconhecendo nele o Homem que há de morrer para salvar a humanidade: Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelos nossos pecados; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte. Como somos felizes! E o seu nome será Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. Que felicidade!
1° e 3ª BELEMITA: Vamos vê-lo?
5ª BELEMITA: Vamos, sim! Vamos adorá-lo!
4ª BELEMITA: Vamos adorar Jesus, o nosso Salvador!
2ª BELEMITA: Vamos dar-lhe nessa dia a nossa vida, todo o nosso amor!
TODAS: Vamos! Vamos depressa! ( apanham os cântaros e saem apressadamente.
Canta-se o hino 28 suavemente, depois forte. E cai
Nasceu o Redentor
Cantor Cristão
Alerta, ó terra, entoa! O canto que ressoa
O mundo pecador tem grande sorte e boa
A nova se vos dá, e quão alegre soa
Nasceu o Redentor!
Nasceu o Redentor! Nasceu o Redentor!
O eterno Pai do céu seu Filho ao mundo deu
Alerta, ó terra, entoa a nova alegre e boa
Nasceu o Redentor!
A noite já passou, a aurora já raiou
O negro e denso véu de todo se rasgou
Dos montes através o brado ressoou
Nasceu o Redentor!
Nasceu o Rei da paz, num berço humilde jaz
Nas asas desse amor conforto a todos traz
Dizei em alta voz que Cristo satisfaz
Nasceu o Redentor!
Ó gozo divinal, amor celestial
Quem pode te sondar ou ter um outro igual?
Posso eu da morte réu, gozar ventura tal?
Nasceu o Redentor!
Ó povos, exultai, nações, ó jubilai
Eis finda toda dor jamais se dá um ai
A virgem deu a luz; a Deus glorificai!!
Nasceu o Redentor!
Publicado na Revista de Senhoras e Moças Batistas
Também publicada no livro Florilégio Cristão (Só encontrado em sebos)
Encontrada na web no blog Evangelizando Crianças