A GRANDE NOTÍCIA

Soldado romano com o filho, ao fundo José, Maria, Estrela… JESUS
Um centurião romano que esteve em Belém no dia do nascimento de Jesus, conta ao seu filho o que viu naquela noite.
A medida que o pai a conta a história, as cenas são representadas diante do filho e do público.
Sabe porque esta é a “grande notícia”?
Não é só porque dividiu a história em “ac/dc”.
Esta grande notícia pode mudar a sua vida.
Sem Jesus eu e você éramos condenados, com Jesus somos justificados.

 

 

Personagens 12: Filho, Pai, José, Maria, 1 Taberneiro, 2 Taberneiro, 3 Taberneiro, Menino, Pastor, Pessoa 1, Pessoa 2, Pessoa 3.
Tempo aproximado: 15 minutos.

CENA I
Um homem e um menino estão sentados num canto do palco, como se fosse em Roma.
FILHO:    Como você está, Pai?
PAI:   Hoje estou melhor. O ar de casa e de Roma logo irão curar minhas feridas.
FILHO:    Os meus colegas sempre me perguntaram sobre você e sobre o país de Israel; porém eu nunca sei o que responder.
PAI:    (rindo) Você não sabe responder? Então, escute: teu pai é um soldado da quarta centúria da legião sabina que, nestes anos, esteve deslocada em Israel. Um dia…
FILHO:    Que dia Pai?
PAI:   Sei lá, um dia qualquer… Aconteceram coisas estranhas naquele dia e nos seguintes. 
O povo dizia coisas extravagantes que nós romanos não compreendíamos.
FILHO:    Conte, Pai!
PAI:   Bem, vou tentar. Com uma parte da centúria eu estava em Belém, uma pequena cidade da Judéia…
FILHO:    E por que o senhor estava lá?
PAI:   Para abafar tumultos, caso houvesse necessidade. 
O imperador César Augusto havia ordenado o recenseamento nas regiões ocupadas por Roma: Judéia, Galiléia e Samaria… 
Cada habitante devia ir ao lugar de origem de sua família  para se inscrever nos registros oficiais.
FILHO:    Com certeza a cidade estava cheia de pessoas de fora.
PAI:   Sim, na cidade inteira, nos dias de recenseamento, não havia um buraco para pousar, nem pagando o peso de ouro.
FILHO:    E então, o que aconteceu?
PAI:   Eu estava de guarda numa pequena praça, quando chegou um homem e uma mulher… cansados, empoeirados. 
A mulher espera um filho e sofria muito. 
Pelo aspecto, pareciam galileus. 
Aproximei-me do homem e lhe perguntei o que vinha fazer na cidadezinha. 
Para inscrever a família nos registros, já que sou da descendência de Davi. 
Isso foi o que ele me respondeu.

CENA II
(O homem e o menino, num canto do palco, são espectadores. Entram em cena Maria e José. Os taberneiros estão conversando entre si.)
JOSÉ:    Eu sou José e esta é minha esposa, Maria. 
Chegamos de Nazaré e queremos pousada por uma noite.
1 TABERNEIRO:    Não há nada a fazer. 
Belém está repleta.
JOSÉ:  (ele se dirige ao segundo taberneiro) Eu sou José…
2 TABERNEIRO:  Está se iludindo… os fregueses de minha casa até dormem no chão. 
Não há lugar.
JOSÉ:    (dirigindo-se ao terceiro)Eu sou…
3 TABERNEIRO:    Nem que você fosse um rei, teria pousada esta noite, não tenho mesmo!
(Maria puxa o véu sobre o rosto e chora.)
JOSÉ:    Não chore, Maria. 
Nós acharemos um abrigo. 
Você está com frio?
MARIA:    Um pouco.
JOSÉ:    (José coloca sua capa sobre os ombros dela) Tome minha capa… 
vamos sair daqui. (Uma música triste.)
(Voltam os personagens pai e filho para o primeiro plano)
PAI:   Passaram dois dias e eu estava novamente de guarda naquela praça. 
Pela manhã do segundo dia houve grande movimentação.
FILHO:    O que aconteceu?
PAI:   Foi o seguinte…

CENA III
(As luzes se apagam e se acendem. A praça é ainda a mesmo da outra cena, isto é, Belém. Pai e filho ficam em seu canto.)
1 TABERNEIRO:    Negócios de ouro para todos!
2 TABERNEIRO:    Deveria haver mais recenseamentos, um a cada lua cheia!
3 TABERNEIRO:    Tive que recusar muita gente. 
Os últimos foram um homem e uma mulher, dois pobres galileus.
MENINO:     (Entra correndo e grita indicando o céu.) Olhem para o céu, veja, que estrela brilhante. 
Está se movendo!
1 TABERNEIRO:    É verdade! Será sinal do que? 
Tomara que não seja um sinal de má sorte.
MENINO:     Perguntem aquele pastor que está correndo feito louco.
3 TABERNEIRO:    Ei, você… por que corre? 
Que está acontecendo?
PASTOR:   Nasceu o salvador!
2 TABERNEIRO:    Quem nasceu?
3 TABERNEIRO:    E onde está?
PASTOR:   Lá na roça, num estábulo.
1 TABERNEIRO:    Vamos também nós!
(Pastor e taberneiros saem correndo. Toca-se o “Aleluia”.)

CENA IV
(Continua o diálogo entre pai e filho)
FILHO:    Pai, que significam aquelas palavras? 
Por que em Belém havia toda aquela agitação?
PAI:   Os israelitas acreditam num só Deus que não se parece com nenhum dos nossos deuses… 
E esperavam a vinda na terra do filho daquele Deus. 
Talvez o menino que nasceu na estrebaria era mesmo o que eles esperavam. 
Mas eu não sei,  pois logo após fui ferido e um centurião me fez voltar para Roma.
FILHO:    O filho de Deus? 
E você, meu pai, estava ali, naquele dia?
PAI:   Sim,  também estava lá!
(Pai e filho saem de cena.)

CENA V
(Estão em cena Maria, José, Pastores, Reis… Entram três pessoas que declamam o texto a seguir em forma de jogral, vestidos de roupas atuais.)
PESSOA 1:    Sim, meus irmãos, nós celebramos o nascimento de Jesus com enfeites e festas. 
Mas certamente não foi assim naquela noite fria em Belém.
PESSOA 2:       Não havia maternidade, nem parteiro e lugar para Jesus Cristo nascer.
PESSOA 3:    O Deus que se fez homem no seio de Maria nasceu numa gruta fria, deitado numa manjedoura com capim.
(Trilha sonora)
PESSOA 1:    As imagens de Maria e José nos falam de uma mulher e de um homem parecidos conosco. 
Afinal, são seres humanos.
PESSOA 2:    Mas a imagem daquele menino… como pode convencer os homens de hoje que querem uma explicação para tudo?
PESSOA 3:    Como acreditar que este menino é o próprio Deus que veio fazer morada entre nós? 
É o evangelista João que nos diz:
PESSOAS 1, 2 e 3: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14).
PESSOA 1:    Sim, um Deus feito homem para nos salvar. 
Natal é algo bonito demais. 
É a festa cristã que mais nos toca.
PESSOA 2:    No menino sentimos, de modo palpável, que Deus está conosco, pertinho de nós, dando sentido à nossa vida.
PESSOA 3:    Jesus completou mais de dois milênios de sua vinda entre nós, mas bilhões de pessoas ainda não sabem disso, não conhecem Jesus. 
A Igreja precisa de muitos missionários para que os homens, de todos os continentes, conheçam o Salvador do mundo. 
Meus irmãos e minhas irmãs: Nós todos, pelo batismo, devemos assumir a tarefa de sermos anunciadores da Boa Nova.
PESSOAS 1, 2 e 3: “Ide pelo mundo inteiro, anunciai meu evangelho… fazei meus discípulos todos os povos…” (Mt 28, 16ss)
(Musica “Noite feliz”. Durante o canto, Maria e José levantam o menino Jesus para  o público. Os outros atores ficam ao seu redor.)

MUNDO E MISSÃO pp.175-179

Noite Feliz
Natal

Noite feliz, noite feliz
Ó senhor, Deus de amor
Pobrezinho nasceu em Belém
Eis na lapa, Jesus nosso bem
Dorme em paz, ó Jesus
Dorme em paz, ó Jesus

Noite feliz, noite feliz
Eis que no ar vem cantar
Aos pastores os anjos dos céus
Anunciando a chegada de Deus
De Jesus, Salvador!
De Jesus, Salvador!

Noite feliz, noite feliz
Ó senhor, Deus de amor
Pobrezinho nasceu em Belém
Eis na lapa, Jesus nosso bem
Dorme em paz, ó Jesus
Dorme em paz, ó Jesus

Noite feliz, noite feliz
Eis que no ar vem cantar
Aos pastores os anjos dos céus
Anunciando a chegada de Deus
De Jesus, Salvador!
De Jesus, Salvador!

 

 

Publicado originalmente em Reflete JELB 

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