HAJA O QUE HOUVER EU SEMPRE ESTAREI AO SEU LADO

Depois de um terremoto na Romênia, vítimas ficam soterradas sob escombros.
Um pai que não deixou a chama da fé se apagar resgata o filho que confiou até o fim que o pai chegaria para salvá-lo.
Até mesmo no final do ato heroico do pai, o menino dá outra demonstração de fé, confiando tanto que o pai estará sempre do seu lado que permite que outras vítimas sejam resgatadas antes dele.
Tem como aplicação o cuidado sempiterno de Deus para com seus filhos.

Personagens: NARRADOR: PAI: Mãe – Filho – Pai 1 – Pai 2 – Bombeiro –

Todos devem entrar e ficar de frente para a igreja, como se fossem fazer um jogral.
O fundo musical deverá ser bastante triste, para emocionar a todos.
Se o Diretor preferir, as pessoas poderão falar e em seguida sair de cena, ficando só o narrador , o pai e o filho.

NARRADOR: Na Romênia, um homem dizia sempre a seu filho:
PAI: “Haja o que houver, eu sempre estarei a seu lado”.
NARRADOR: Houve um terremoto de intensidade muito grande que quase arrasou as construções lá existentes nesta época. Estava nesta hora este homem em uma estrada.
Ao ver o ocorrido, correu para casa e foi ver como estava sua família:
PAI: Querida, onde está nosso filho!!!
ESPOSA: Ele ainda está na escola.
NARRADOR: O Pai, desesperado, foi imediatamente à escola. Ao chegar lá a encontrou totalmente destruída. Não restou uma única parede de pé. Ele foi tomado por uma enorme tristeza, pensando na promessa não comprida que ele havia feito ao filho.
PAI: “Haja o que houver: eu estarei sempre a seu lado”.
NARRADOR: Seu coração estava apertado e sua vista apenas enxergava a destruição.
Mentalmente percorreu inúmeras vezes o trajeto que fazia diariamente segurando sua mãozinha.
O portão (que não mais existia)… o Corredor…
Olhava as paredes, vendo aquele rostinho confiante…
Passava pela sala do 3º ano, virava o corredor e o olhava ao entrar. Até que resolveu fazer em cima dos escombros o mesmo trajeto.
Portão…Corredor…Virou à direita…
E parou em frente ao que deveria ser a porta da sala. Nada! Apenas uma pilha de material destruído.
Nem ao menos um pedaço de alguma coisa que lembrasse a classe.
Olhava tudo… desolado…E continuava a ouvir sua promessa:
PAI: “Haja o que houver, eu sempre estarei com você”.
NARRADOR: E ele não estava. Então começou a cavar com as mãos.
Foi quando chegaram os outros pais que, embora bem intencionados e também desolados, tentavam afastá-lo de lá, dizendo:
PAI 1: Vá para casa. Não adianta, não sobrou ninguém.
PAI 2: Vá para casa.
PAI: Você vai me ajudar?
NARRADOR: Mas ninguém o ajudava. Pouco a pouco, todos se afastavam.
Chegaram os policiais, que também tentaram retirá-lo dali, pois viam que não havia chance de ter sobrado ninguém com vida. Havia outros locais com mais esperança.
Mas esse homem não esquecia sua promessa ao filho. A única coisa que dizia para as pessoas que tentavam retirá-lo de lá era:
PAI: Você vai me ajudar ?
NARRADOR: Mas eles também o abandonavam. Chegaram os bombeiros, e foi a mesma coisa.
BOMBEIRO: Saia daí, não está vendo que não pode ter sobrado ninguém vivo? Você ainda vai por em risco a vida de pessoas que queiram ajudá-lo, pois continua havendo explosões e incêndios.
PAI: Você vai me ajudar?
BOMBEIRO: Você está cego pela dor, não enxerga mais nada. Ou então é a raiva da desgraça.
PAI: Você vai me ajudar?
NARRADOR: Um a um, todos se afastavam.
Ele trabalhou quase sem descanso, apenas com pequenos intervalos, mas não se afastava dali.
5 hs / 10 hs / 12 hs/ 22 hs / 24 hs /30 hs…
Já exausto, dizia a si mesmo que precisava saber se seu filho estava vivo ou morto. Até que ao afastar uma enorme pedra, sempre chamando pelo filho, ouviu:
FILHO: Pai …estou aqui!
NARRADOR: Feliz, fazia mais força para abrir um vão maior e perguntou:
PAI: Você está bem?
FILHO: Estou. Mas com sede, fome e muito medo.
PAI: Tem mais alguém com você?
FILHO: Sim, dos 36 da classe, 14 estão comigo; estamos presos em um vão entre dois pilares. Estamos todos bem!
NARRADOR: Naquela hora apenas se conseguia ouvir seus gritos de alegria.
FILHO: Pai, eu falei a eles:
PAI: O que você disse a eles, meu filho?
FILHO: Vocês podem ficar sossegados, pois meu pai irá nos achar. Eles não acreditavam, mas eu dizia a toda hora…- “Haja o que houver, meu pai, estará sempre a meu lado”.
PAI: Vamos, abaixe-se e tente sair por este buraco.
FILHO: Não! Deixe que eles saiam primeiro! Eu sei que, haja o que houver… você estará me esperando!

(Esta história é verídica)

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