Um juri.
O público é o “corpo de jurados”…
O acusador é o próprio inimigo, o Diabo, Satanás…
O réu é o réu, um pecador.
O Juiz é o mesmo Salvador.
Personagens:
JUIZ (vestido a caráter bata branca suja de sangue por baixo da roupa convencional de Jesus, uma bata branca com um manto vermelho por cima)
ACUSADOR (terno e gravata vestido como se fosse um advogado)
RÉU (uma camisa branca uma calça branca e uma roupa muito suja e meio rasgada por cima para facilitar na hora de rasgar as vestes)
e uma pessoa para entregar a coroa de espinho a Jesus. (sem critérios pode estar vestido de qualquer forma)
Cenário: uma cadeira grande e bem arrumada com uns mantos de cor azul aos pés da cadeira (essa cadeira será a cadeira do juiz) e mais adiante, um pouco afastada a cadeira do réu.
Sonoplastia: Música A MARCA DA PROMESSA
A peça inicia-se somente em cena o juiz no trono (o lugar onde se encontra a cadeira do juiz tem que estar com pouca iluminação) entra o acusador trazendo o réu e joga o réu aos pés da cadeira do juiz (o acusador não percebe a presença do juiz) e se apresenta aos “jurados” (o jurado é o público, o acusador interage com o público)
ACUSADOR: Dispenso apresentação senhoras e senhores, como é notável sou satanás a acusação… (fazendo uma pergunta retórica)
Estão vendo essa pessoa?
O réu (o acusador pega o réu que está caído no chão e o coloca sentado na cadeira), pois bem senhoras e senhores (pausa o inimigo começa a rodear a cadeira do réu e fazer acusações)
Agora é um pouco tarde pra se lamentar, é um pouco tarde pra ficar com essa carinha de coitadinho..(colocando as mãos sobre o ombro do réu)
Esqueceu do seu passado?
Que pena…
Porque eu tenho uma excelente memória, e vou te fazer lembrar cada detalhe…
Aliás, isso é o que eu sei fazer de melhor…
ACUSAR…
Culpado!
Porque tantas vezes mentiu achando que ninguém saberia…
Se tornou meu filhinho…
Se esqueceu das nossas baladas?
Dos nossos ficas?
Em quantas garotas eu estava… (pausa o inimigo agora abre os braços num tom sarcástico) que saudade da nossa rodinha de amigos, de fumar um cigarrinho pra passar o tempo…
Eu estava ali o tempo todo do seu lado…
E eles cadê todo mundo?
Você está sozinho agora, não tem ninguém por você.
Ninguém. (a luz acende na cadeira do juiz que fala autoritário:)
JUIZ: Porque vens a minha presença acusador?
(o acusador inclina-se como que reverenciando o juiz)
ACUSADOR: (APONTANDO PARA O RÉU) ESSE É O HOMEM…
JUIZ: Sim sei que é o homem, qual a acusação?
ACUSADOR: Ele é réu de juízo, pois pecou desde o principio…
JUIZ: (o juiz olha para ambos o réu esta com o rosto prostrado) Quais as provas? O que tens contra ele?
ACUSADOR: (pergunta retórica) Ele?
Era pra estar no Jardim do Éden, mas foi expulso por desobediência…
E até os dias de hoje continua a desobedecer…
Ele (apontando para o réu) tem cometido pecado contra os homens e contra ti ó justo juiz (o inimigo fala isso com tom de falsidade inclinando-se perante o juiz), pois só tu és Deus e Senhor eu mesmo reconheço isso e até estremeço agora este? Não faz caso algum de ti.
JUIZ: Diante das provas, que direito tens sobre ele?
ACUSADOR: (com tom de alegria como se estivesse tentando convencer o público da culpa do réu) DE MATÁ-LO, DE DESTRUÍ-LO… O QUE DIZ A TUA LEI? (O INIMIGO AO FALAR VIRA-SE PARA O JUIZ SE INCLINANDO LEVEMENTE COM TOM DE FALSIDADE) Não matarás, ama ao senhor teu Deus acima de todas as coisas, honra a teu pai e a tua mãe, e tudo isto (pausa o inimigo aponta furioso para o réu)
Ele tem cometido, o que eu quero ele faz, e nesses últimos dias tem sido cada vez pior, se entregando as paixões da carne por isso, juiz, senhores jurados (voltando-se para ambos os lados) Não há esperança para ele.
JUIZ: (faz uma pausa olha para o réu e pergunta: ) E o réu o que tens a dizer? Como se declara?
RÉU: CULPADO! Pequei contra ti, contra ti somente, já não sou digno de ser chamado teu filho, mas sou digno de morte, de morte eterna…
JUIZ: (coloca-se de pé olha para o réu e pergunta) Não há ninguém por você?! Ninguém por você?! (o juiz senta-se novamente e aguarda a resposta do réu)
RÉU: Não senhor juiz, não há ninguém por mim, ninguém… Perdoe-me (o inimigo interrompe o réu bradando em alta voz)
ACUSADOR: Cale-se! (virando-se para o juiz) Justiça! Faça justiça senhor juiz, dê o seu veredicto, o universo inteiro aguarda sua decisão! Justiça faça justiça…
JUIZ: (coloca-se de pé, olha para o acusador e para o réu e diz:) INOCENTE!
ACUSADOR: (EM TOM DE DESESPERO) Como?A tua lei manda que seja morto! Quem recebera a condenação no lugar dele? (com tom de falsidade) acaso serei eu?! Ou os jurados?! Quem morrerá em seu lugar?
JUIZ: (O JUIZ AINDA DE PÉ OLHA FIXAMENTE PARA O ACUSADOR DEIXANDO CAIR A MANTA QUE COBRE AS VESTES SUJAS DE SANGUE NESSA HORA UM ATOR JÁ POSICIONADO NO MEIO DO PÚBLICO LEVANTA-SE E VAI ATÉ O JUIZ E COLOCA SOBRE SUA CABEÇA UMA COROA DE ESPINHOS O JUIZ PROSSEGUE DIZENDO) INOCENTE!(MÚSICA DE FUNDO A MARCA DA PROMESSA) PORQUE EU ME FIZ MALDIÇÃO EM SEU LUGAR (JESUS APROXIMA-SE DO RÉU ESTENDE AS MÃOS E DIZ) FILHO MEU DÁ-ME TEU CORAÇÃO… (O RÉU SE JOGA AOS PÉS DE JESUS) EU VIM PARA QUE TENHAM VIDA E VIDA EM ABUNDÂNCIA. NA VERDADE NA VERDADE VOS DIGO QUE QUEM OUVE A MINHA PALAVRA E CRÊ NAQUELE QUE ME ENVIOU TÊM VIDA ETERNA E NÃO ENTRARÁ EM CONDENAÇÃO, MAS PASSOU DA MORTE PARA A VIDA. (O RÉU RASGA AS VESTES SUJA S DEIXANDO APARECER AS VESTES LIMPAS, O SENHOR PEGA NA MÃO DO RÉU E COM A MÃO DIREITA APONTA PARA O PÚBLICO E DIZ:) AGORA VÁ E NÃO PEQUES MAIS! (O RÉU VAI ANDANDO EM DIREÇÃO AO PÚBLICO DE FUNDO A MÚSICA BEM ALTA)
FIM….
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