FILHOS HERANÇA DO SENHOR

O desejo de Ana, de ser mãe, dramatização do relato bíblico.
Lembra, né, a mãe de Samuel…
Ana casada com Elcana.
Elcana, possuía outra mulher(costume da época ).
Esta possuía filhos e filhas, porém Ana era estéril.
Penina percebendo o amor de Elcana para com Ana se tornou sua inimiga e constantemente a aborrecia e humilhava

NARRADOR: No livro de I Samuel nos capítulos de 1 a 3 encontramos a historia de uma mulher chamada Ana.
Ana era casada com um homem da tribo de Efraim chamado Elcana que morava em Ramá. Por ser um costume da época Elcana, possuía outra mulher, Penina.
Esta possuía filhos e filhas, porém Ana era estéril.
Todos os anos Elcana saía de Ramá e ia à Siló a fim de adorar e oferecer sacrifícios ao Deus Todo Poderoso.
Juntamente com ele iam suas mulheres e seus filhos e para cada um deles dava-lhe uma porção para o sacrifício.
Mas como ele amava mais a Ana, dava a ela uma porção dobrada.
Penina ao perceber o amor de seu marido para com Ana se tornou inimiga da mesma. Constantemente ela a aborrecia e a humilhava:
(Entram em cena Penina e Ana)
PENINA: Crianças, onde estão vocês?
(Entram as crianças)
PENINA: Meus filhos! Como é bom tê-los comigo.
Vocês são a alegria da minha vida. Como seu pai fica feliz em ter vocês.
Obrigado, Senhor, por poder conceder essa satisfação ao meu esposo. Filhos!
Presente de Deus para Elcana e para mim. Como nossa casa ficaria triste sem eles!
Vamos, crianças, é hora de voltarmos pra casa. (dirige-se à Ana)
Já chamou pelos seus Ana? Precisamos ir agora.
Pegue seus filhos, já é hora de voltarmos
(Ana fica chorando)
ELCANA: Ana?! Porque você está chorando?
Ana, me conte o que aconteceu com você?
Porque não come?
Porque está sempre triste? Você não era assim, Ana.
O que foi, filha? Conte-me.
ANA: Como posso estar feliz se não tenho filhos?
Como não ficar triste se não posso lhe dar essa alegria?
ELCANA: Não fique assim, Ana. Você é uma mulher tão bela.
Essa fisionomia abatida não combina com você. Libere um sorriso. Vamos, sim?
ANA: Você não pode entender…
Por que todas as mulheres podem ter filhos e eu não? (Ana começa a chorar e se dirige aos céus em oração).
Senhor, não vou conseguir aguentar tamanha humilhação. (Ana continua a chorar)
A cada dia sofro com as provocações de Penina.
Elcana, por que não posso ser mãe?
O que fiz pra merecer isso?
Veja Penina, quantos filhos ela lhe deu … E eu?
ELCANA: Ana, não há motivo para essa tristeza toda. Por acaso eu não sou melhor para você do que dez filhos?
Quero vê-la da forma como a conheci. Radiante de felicidade e com um sorriso aberto.
Eu a amo e você bem sabe disso. Não quero vê-la triste desse jeito. Faça isso por mim
Penina (dirigindo-se para Ana) – Sabe, Ana, no fundo sinto muita pena de você.
Acredite, não sei o que faria se Deus não permitisse que tivesse filhos. (Suspiro)
É, mais Deus sabe o que faz.
Se você não pode ter, paciência!
Nada vai fazer mudar essa situação
NARRADOR: No ano seguinte, Elcana tornou a dirigir-se à Siló.
Ana continuava a sofrer humilhações de Penina.
PENINA: (dirigindo-se à Ana) Ó Ana, você anda tão cabisbaixa…
Mas eu até entendo.
Há situações na vida que nos deixam assim mesmo.
Eu ao menos tenho os meus filhos, já você…
(Ao ouvir essas palavras, Ana corre desesperadamente para a tenda sagrada, que pode ser um local à esquerda do palco).
ANA: Ó Deus Todo Poderoso, olha para mim, tua serva.
Vê a minha aflição e lembra-te de mim!
Não te esqueças da tua serva.
Se tu me deres um filho, prometo que o dedicarei a ti por toda a vida…
Senhor Deus de Israel atenta para o clamor da tua serva. Dê-me essa alegria, ó Pai.
Um filho Senhor, só é isso que lhe peço, um filho…
Conceda-me essa graça que eu o devolverei para o Senhor, não o quero pra mim, ó Deus, somente desejo abraçá-lo e ter a felicidade de poder ser mãe.
Ó Senhor… Tenha piedade, piedade Senhor…
(Eli se aproxima e, ao ver Ana mexendo naquele estado, a repreende pensando que ela estivesse embriagada)
ELI: Essa aqui é uma tenda sagrada, não é uma habitação qualquer, minha senhora.
Isso aqui é a casa do Nosso Deus.
Faz-se necessário que todos, todos respeitem esse lugar… (pequena pausa) Até quando você vai ficar embriagada?
Quanta perversão! Da próxima vez que desejar adentrar a esse lugar, não se embriague com o vinho e entre aqui consciente.
ANA: (olhando humildemente e calada) Senhor, eu não estou bêbada, não bebi nem vinho nem bebida forte.
Estou desesperada e estava orando, contando a minha aflição ao Eterno.
Não pense que sou uma mulher sem respeito.
Eu estava orando daquele jeito porque sou muito infeliz e sofredora.
Ó Sacerdote, estou angustiada, sou uma mulher atribulada de espírito.
Nada tenho bebido. Porém, tenho derramado a minha alma perante o Deus dos céus.
ELI: Agora entendo… Fiz mau juízo sobre a senhora.
Percebo que é de fato uma mulher temente a Deus, pois em meio ao meu julgamento precipitado nem por isso se alterou.
Sendo assim, vá em paz, que o Deus de Israel lhe dê o que você pediu. Eu que a um momento atrás te repreendi agora a abençoou.
Que o Deus Eterno lhe conceda a tua petição
NARRADOR: Assim, Ana saiu e já não estava tão triste.
Na manhã seguinte, Elcana e sua família se levantaram cedo e adoraram ao Senhor e voltaram para a sua casa em Ramá.
E lá Elcana possuiu Ana e o Senhor respondeu a sua oração.
Ela ficou grávida e no tempo certo deu a luz um filho e pôs nele o nome de Samuel
(Ana entra no palco com uma criança de poucos meses no colo)
ANA: O Senhor ouviu a minha oração. Glórias a Deus! Hoje sou mãe! Louvado seja o Senhor dos Exércitos que atentou os seus ouvidos à voz das minhas súplicas.
Ó Senhor, concedestes o desejo do meu coração.
Graças a ti ó Pai, não me desamparastes, pelo contrário tens mostrado que seus ouvidos não estão tapados para que não possa ouvir aos que clamam a ti.
E esse filho se chamará Samuel. Samuel será o seu nome, pois eu o pedi ao Deus Eterno.
Engrandecido sejas para todo o sempre! Vejam, eu tenho um filho! Sou uma mãe!
NARRADOR: Um ano depois, Elcana e sua família foram a Siló para oferecer ao Senhor o sacrifício anual.
(Entram em cena Ana, Samuel e Elcana)
ELCANA: Já é hora de irmos. Você vem conosco, Ana?
ANA: Dessa vez não irei, mas assim que o menino for desmamado, eu o levarei a casa do Senhor para que ele fique lá toda a sua vida.
ELCANA: (surpreso) O que você disse? Acho que não entendi direito. Como pode Ana?
PENINA: Esta maluca?!? Você só tem um filho e vai dá-lo ao Senhor por toda a sua vida.
ANA: Assim como o Eterno foi fiel comigo também serei fiel a ele. Samuel será oferecido ao Senhor, visto que ele atendeu a minha oração.
ELCANA: É… Faça o que achar melhor.
Fique em casa pelo menos até que ele seja desmamado e o Senhor faça que de fato se cumpra a promessa que você fez
NARRADOR: Ana ficou em casa e amamentou o filho. Depois que ele foi desmamado ela o levou a Siló.
Samuel ainda era muito pequeno quando sua mãe o levou à casa do Senhor e o entregou ao Sacerdote Eli.
(No palco Ana, Elcana, Samuel e Eli)
ANA: Sacerdote Eli. Sou aquela mulher que o senhor viu aqui orando.
Eu sou aquela que se encontrava angustiada e aqui estava ajoelhada somente a mexer os lábios.
Eu pedi essa criança ao meu Deus e Ele me deu o que pedi.
Por esse menino orava eu e fui respondida. Por isso agora estou dedicando este menino ao Eterno.
Enquanto ele viver pertencerá ao Todo Poderoso.
Eu o pedi mais não para que ficasse pra mim, mais para ser entregue ao Senhor.
(Eli recebe o menino).
ELI: Louvado seja o Senhor Deus que está sempre pronto a atender as orações dos seus servos. Certamente esse menino será um vaso de honra para o Deus dos céus. Algo de especial há reservado para ele. Assim que se cumpra o seu voto como também a vontade do Senhor
(Ana e Elcana se despedem do menino Samuel e com eles ainda no palco Ana faz essa oração)
ANA: O Deus Eterno encheu o meu coração de alegria.
Por causa do que Ele fez, hoje eu ando de cabeça erguida.
A mulher que não podia ter filhos deu à luz sete filhos mas a que possuía muitos filhos ficou sem nenhum.
Estou rindo dos meus inimigos e me sinto feliz, pois Deus me ajudou.
Ele levanta os pobres do pó e tira da miséria os necessitados.
Ele protege a vida dos que são fiéis a Ele, mas destrói os seus inimigos.
Ninguém é Santo como o Deus Eterno!
Não existe outro Deus além dele!
Não há protetor como o Nosso Deus!
NARRADOR: Então Elcana voltou para a sua casa em Ramá, mas o menino Samuel ficou em Siló, no serviço do Senhor como ajudante do Sacerdote Eli.
Samuel era ainda muito pequeno, mas já ajudava Eli na adoração ao Senhor.
Naqueles dias poucas mensagens vinham do Senhor e as visões também eram muito raras.
Certa noite, quando Eli estava dormindo no seu quarto, o Deus Eterno chamou a Samuel:
VOZ: Samuel, Samuel…
SAMUEL: Estou aqui. (corre e vai ter com Eli). O Senhor me chamou, Sacerdote Eli.
Estou aqui, o que queres?
ELI: Eu não chamei você, Samuel. Volte para seu o quarto, você deve ter sonhado
SAMUEL: Não, não foi um sonho. Eu ouvi claramente quando alguém chamou Samuel, Samuel. Pensei ter sido o senhor
ELI: Mas não fui eu que chamei. Vá se deitar, está bem?
NARRADOR: Por mais uma vez, o menino Samuel ouviu chamar o seu nome, mas ele ainda não conhecia a voz do Deus Eterno. Em seguida, o Senhor chamou Samuel pela terceira vez.
VOZ: Samuel, Samuel…
SAMUEL: Estou aqui. O senhor me chamou? O que queres?
ELI: Meu filho, já é a terceira vez em que você escuta alguém lhe chamar e não sou eu… Ah, agora compreendo…
É o Senhor quem está chamando você, meu filho. Glórias a Deus!
O Eterno não se esqueceu do seu povo e tem algo a nos dizer.
Volte para a cama e se novamente chamarem por você, diga: Fale, ó Senhor, pois o teu servo está escutando.
NARRADOR: E Samuel voltou para a cama. Então o Eterno veio e ficou ali. E como havia feito antes, disse:
Voz – Samuel, Samuel…
SAMUEL: (ajoelhado) Eis-me aqui. Fale, ó Senhor, pois o teu servo está escutando
VOZ: Samuel, eis aqui vou eu fazer uma coisa em Israel, a qual todos os que ouvirem lhes tinirão ambas as orelhas…
NARRADOR: (começa um pouco antes da voz cessar de falar) Samuel continuava no serviço do Deus Eterno.
Embora ainda fosse um menino, vestia um manto sacerdotal de linho.
Todos os anos Ana sua mãe fazia uma túnica para ele e levava quando ia com seu marido oferecer o sacrifício anual.(Samuel corre e abraça seus pais e todos estão muito alegres).
Então Eli abençoava Elcana e sua mulher e dizia:
(No palco Ana, Eli, Elcana e Samuel)
ELI: (abençoando Elcana) Que o Senhor dê a você e a Ana, sua mulher, outros filhos para tomarem o lugar do que foi dado a Ele.
Fiel é Deus para fazer muito mais além daquilo que pensamos ou sonhamos. Ele ao certo concederá a vocês muito mais do que vocês pediram
NARRADOR: E o Eterno abençoou a Ana e ela teve mais três filhos e duas filhas. E o menino Samuel crescia no serviço do Deus Eterno.
(Em cena estão Ana, Elcana, seus cinco filhos, Samuel e Eli)
Mensagem
Nesse relato podemos ver que o Senhor realizou o desejo de Ana que era o de ser mãe.
Percebemos também o exemplo de fé que Ana demonstrou, pois ela que não podia ter filhos ao conseguir um o devolveu ao Senhor.
Mais não ficou somente nisso. Como troca por sua obediência o Deus Eterno lhe concedeu mais outros cinco filhos.
Ana foi um canal de benção para o povo de Israel pois seu filho Samuel mais tarde veio a ser um grande juiz e profeta através de quem Deus falava
A todas as mães aqui presentes desejamos que siga o exemplo de Ana que dedicou o seu filho ao Senhor.
A Bíblia nos diz no livro de Salmos nº 127:3 que os filhos são um presente do Senhor.
Sendo assim, devemos ensinar-lhes como prosseguirem para que venham agradar a Deus.
O maior sonho de Ana era o de poder ser mãe, e ela ao ver o seu desejo realizado não agiu com negligência ou egoísmo.
Pelo contrário; cumpriu com o seu voto e abriu mão daquilo que tinha de mais precioso e ofereceu ao Deus que a havia abençoado com essa dádiva.
A nossa finalidade nessa rápida encenação é poder mostrar para todas as mães aqui presentes que existe um caminho a ser trilhado por nós e pelos nossos filhos.
Ana conduziu Samuel por um caminho de comunhão com Deus. Ela não só mostrou simplesmente qual era o caminho, mas também andou por ele.
E esse caminho é aquele que está relatado em João 14:6 que diz “Eu sou o caminho, a verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai senão por mim”..
O caminho é Jesus, Cristo Jesus. É ele quem conduz o homem ao céu.
Ana tinha certeza de que o Deus que ela servia era poderoso pra fazer muito mais abundantemente além daquilo que ela esperava, como nos diz a palavra do Senhor no livro de Salmos nº 37 verso 4 onde consta que quando nós nos entregamos ao Senhor, quando nos colocamos a seu serviço, quando fazemos a sua vontade, Ele concede o desejo do nosso coração.
Que assim como foi Ana todas as mães possam fazer o mesmo: Educar a criança no caminho em que deve andar e até quando ela envelhecer não se desviará dele.

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