D. Ana é uma mãe dedicada, amorosa, sofredora, viúva…
Ana Júlia é sua filha, que despreza a mãe, a situação que vivem, criando uma grande mentira junto de seus colegas de faculdade…
É drama…
NARRADOR(A): Em uma pequena cidade do interior , morava D. Ana e Ana Júlia sua filha.
D. Ana viúva há alguns anos, firmemente sustentando e dando o melhor de si para sua filha.
Ela trabalhava de segunda a segunda com muita alegria, tudo isso para garantir os estudos da filha. Essa pobre mulher, ainda jovem foi condenada a viver confinada num quarto de sua casa; costurando dia e noite, e ainda fazia trabalhos extra para as pessoas que a conheciam.
Pois procurava não se expor ao constrangimento que sua deformação causava; Pois essa filha era o que de mais preciso ela tinha.
D. ANA: Filha arrumei um trabalho extra volto só a noite.
ANA JULIA: No domingo mãe, quem vai fazer o almoço?..
D. ANA: Filha o almoço já deixei pronto, é só aquecer. Tchau. Há tem um bolo pronto no forninho.
ANA JULIA: Não aguento mais essa situação.
Narrador(a) E em seguida toca o telefone .
ANA JULIA: Alô,…Oi Rafael,…Não, vou ficar em casa…Que horas, Duas horas ta legal.
NARRADOR(A): Mais tarde os colegas da faculdade vieram visitá-la.
ANA JULIA: Oi Rafael, Marcelo, Carolina, oi Thiago Clarissa que bom que tu vieste também.
CLARISSA: Seus pais não estão.
NARRADOR(A):Carolina interrompe.
CAROLINA: Os pais dela moram em outra cidade.
NARRADOR(A): Ana Júlia tinha vergonha da mãe que tinha, e da vida que levava, e tudo isso fazia Ana Júlia viver na mentira. Mas a mentira não reina sobre os filhos de Deus; e o sacrifício daquela mãe estava sendo observado por Deus.
E finalmente chega o dia do aniversário de Ana Júlia
D. ANA: Julinha minha filha, convide seus amigos e colegas da faculdade para comemorar o seu aniversário conosco, eu fiz salgados, um bolo, comprei refrigerante.
ANA JULIA: Não mãe, eu não vou convidar ninguém.
NARRADOR(A): A mãe nem desconfiava, da rejeição da filha sobre sua pessoa, e surge uma pequena discussão
D. Ana: Mas filha!?;….Fiz tudo isso.
NARRADOR(A): Mas Ana Júlia a interrompe irada.
ANA JULIA: Eu já disse que não vou convidar ninguém, e eu não te pedi nada disso, além do mais a noite eu vou sair com os amigos .
NARRADOR(A): A mãe fica triste se lamentando.
D. ANA: Estou preocupada contigo filha, estás sempre tão só, fiz tudo isso para o teu bem, quero te ver com muitos amigos, você precisa disso, não esqueça filha a faculdade está acabando, e você precisa de amizade, companheirismo, conhecimento, a medicina exige isso de você filha.
ANA JULIA: Não te preocupe comigo por que tudo isso eu consigo depois de formada.
Narrador (a ): Mas Julinha não sabia que para seu amadurecimento o ESPIRITO SANTO de DEUS já havia tocado no coração da mãe e despertado a sabedoria dela, e Deus já havia preparado uma surpresa a ela. Alguns minutos depois, só alguns minutos, eis a surpresa. Todos os seus colegas da sala bateram a porta
D. Ana abre a porta.
D. ANA: pois não.
RAFAEL: A Ana Júlia se encontra?
NARRADOR(A): Ana Júlia corre desesperado para a porta indagando.
ANA JULIA: O que vocês estão fazendo aqui?
Todos: Surpresa Juli.
NARRADOR(A): Assim era carinhosamente chamada pelos colegas.
CAROLINA: Não é hoje o teu aniversário?
ANA JULIA: Sim,… Mas!..
NARRADOR(A): Ana Júlia foi interrompida por uma pergunta de Clarissa.
CLARISSA: Quem é esta senhora de avental ali parada Juli.
ANA JULIA: Ah, essa é a minha empregada.
NARRADOR(A): D. Ana não conseguia mover-se de indignação ao ver que a filha envergonhara-se dela.
ANA JULIA: Madalena sirva-nos algo de beber ou comer.
NARRADOR(A): D. Ana vai até a cozinha e olhando para o céu, ela diz.
D. ANA: meu Deus até o meu nome ela trocou.
NARRADOR(A): E as lágrimas escorriam pelo seu rosto ferido pelo acidente, pelo tempo, pelo sofrimento da dor ; mas o seu amor pela filha era bem maior, e Ana calada serve os comes e bebes , mas as lágrimas não contém , e Ana Júlia não percebe o quanto
ela a feriu. Todos percebem algo estranho, mas não se manifestam.
NARRADOR(A): Passado um bom tempo e a alguns meses de sua formatura sua mãe adoece gravemente.
MÉDICO: D. Ana o seu estado é grave, muito grave.
NARRADOR(A): O médico vira-se para a filha e diz:
MÉDICO: já fizemos todos os exames e foi constatado que as metástases estão espalhadas pelo corpo, não há o que fazer.
ANA JULIA: Eu estou me formando em medicina, e deve haver alguma coisa a se fazer.
MÉDICO: Não;. (ele volta-se para dona Ana) D. Ana como a senhora contraiu essas cicatrizes? Foram mal tratadas, esse tipo de queimaduras exige um tratamento rigoroso para não acontecer isso.
NARRADOR(A): D. Ana relata o que aconteceu ao médico sem perceber a presença da filha,
D. ANA: Morávamos num barraco de madeira velha, eu estava lavando roupa quando ouvi um estrondo, e vi as chamas tomando conta do barraco, Julinha minha filha ainda bebê dormia lá dentro foi então que entre as chamas eu entrei e envolvendo-a num cobertor tirei-a de lá, eu precisava salvar ela doutor.
NARRADOR(A): E as lágrimas invadem o seu rosto e de Júlia e D. Ana não consegue mais falar calando-se;. Enquanto isso Ana Júlia se desespera por saber que as cicatrizes que a mãe carregava por todos esses anos e que envergonhavam-na , era o símbolo de sua vida.
ANA JULIA: Mãe me perdoa, porque nunca me falaste que foi por minha causa que tens essas cicatrizes, para salvar minha vida mãe,
quantas vezes te maltratei e até te rejeitei;.
D. ANA: Agora tu sabes filha, um dia eu fui muito bonita, eu era assim. Dei minha beleza pela sua e não me arrependo, foi o preço que paguei par você permanecer linda.
MÉDICO: Márcio: Chega, ela precisa repousar,
NARRADOR(A): Ana Júlia recusa-se a sair. O médico insiste e ela concorda.
Na faculdade os colegas ficam sabendo da enfermidade da mãe de Juli, pela própria que desorientada esquece as mentiras, eles se compadecem da colega e vão visitá-la, (como toda mentira um dia é descoberta) chegando lá ficaram chocados, desolados, entristecidos com Juli.
CAROLINA: Oh Juli, carinhosamente sempre te chamei assim, estudamos juntas desde o colegial, e tu me subestimaste esses anos todos, me enganaste. E essa pessoa maravilhosa que dizias ser sua empregada que te criou é sua mãe, como pude fazer isto com sua própria mãe, não viste o sofrimento dela ?;…onde esta teu coração?, se é que tens um.
ANA JULIA: Por favor, Carol me perdoa, eu estou sofrendo muito com isso, estou muito arrependida de tudo.
CAROLINA: Agora é tarde, foi tempo demais.
RAFAEL: Carol nunca é tarde quando se tem um coração igual o teu, perdoe-a.
NARRADOR(A): No dia seguinte,. Carolina abraça Ana Júlia e choram juntas e seguem para o hospital, e o médico diz a Ana Júlia que o estado de sua mãe se agravou muito Juli se desespera e quer ver a mãe, o médico pede para que se acalme para não piorar mais o seu quadro clinico. Mais calma ela diz.
ANA JULIA: Doutor eu estou me formando em medicina e preciso demais do perdão e da benção de minha mãe, porque meu coração me diz que não terei outra oportunidade; Por favor?!..
NARRADOR(A): Ela entra para falar com a mãe e dona Ana com um olhar feliz e satisfeito diz.
D. ANA: Vem cá filha,….Até aqui fomos só nós duas e Deus, mas deixei-te amigos bons para quando precisar;. Todos aqueles para quem eu trabalhei são nossos amigos, e se precisar de um colo de mãe procure a dona Margarida ela te dará.
Todos têm sua hora e a minha chegou, mas eu vou feliz, porque te deixei preparada para a vida.
ANA JULIA: Mãe me perdoa tudo que eu te fiz,,,
NARRADOR(A): D. Ana interrompe.
D. ANA: Eu já te perdoei filha, fique na paz de Deus, tudo o que vivemos juntas foi uma lição para nós duas, só te peço que uses a tua profissão com amor, serão vidas em tuas mãos, e quando tiveres em dificuldades dobre os seus joelhos e ore e Deus te ouvirá e te ajudará. Eu sempre fiz isso. Eu te abençoo, seja feliz.
NARRADOR(A): D. Ana serra os olhos num adeus não dando oportunidade para a filha falar mais nada. O desespero toma conta de Ana Júlia e o médico se aproxima e diz.
MÉDICO: Começaste bem na profissão, se quiseres ser melhor siga o conselho de tua Mãe, seja mais forte agora.
NARRADOR(A): Mas alguém ainda comentou.
CLARISSA: Não me conformo com tudo que ela fez para esta mãe…
MARCELO: Mas ela se redimiu e tem o direito de uma nova oportunidade.
NARRADOR(A): Nós somos pessoas, fracas erramos muito na vida, mas Deus nos dá a oportunidade de acertarmos os erros cometidos, através do perdão. O perdão vindo do fundo da alma e do intimo do coração, Deus perdoa e renova-nos sempre..
Pois ele é misericordioso.
Integrantes: 9 pessoas.
Cortinas: 2 pessoas.
Som: 1 pessoa.
Luzes: 1 pessoa.
Cenário: 3 pessoas
Total 16 pessoas ou com reciclagem 13