Uma história alegórica que retrata a importância de obedecer, perseverar e guardar aquilo que nos é confiado.
Um rei delega a um servo uma missão: levar uma preciosa botija a um reino distante, onde ele receberá sua recompensa.
Durante sua jornada, o servo se desvia do caminho, influenciado por distrações, enganos e prazeres momentâneos.
Em meio aos desvios, a botija que levava — uma obra-prima simbólica de sua vida e missão — começa a trincar e deteriorar.
Enfraquecido, desiludido e sem nada, o servo finalmente decide retomar o verdadeiro caminho, mas já é tarde.
Ao entregar a botija ao rei no destino final, percebe que todo o “ouro” que ela continha — representando virtudes e a essência de sua alma — se perdeu pelas rachaduras causadas por seus erros.
O rei o adverte sobre as consequências de uma vida vivida fora da fidelidade e da obediência, enfatizando que a verdadeira recompensa está em preservar a alma pura e íntegra.
Com uma mensagem profundamente reflexiva, a peça aponta para a necessidade de mantermos foco na nossa jornada espiritual, guardando nossa fé e nosso propósito, com o tesouro final sendo a salvação em Jesus Cristo.
Personagens:
Rei I Servo Narrador Homem
5 Jovens
Rei II
NARRADOR: Era uma vez um rei que amava muito o seu servo fiel, e em prova de sua fidelidade o rei lhe deu uma missão de uma grande jornada. Chamou o servo e disse:
REI: Servo fiel, vês esta longa estrada, meu servo. Seguirás por ela sem te desviares. O reino para onde vai está no final dela. Por todo o caminho levarás esta botija, a qual entregarás ao rei daquele lugar e receberás tua recompensa, onde você poderá descansar por tudo que fez por mim.
SERVO: Sim senhor, meu rei, partirei agora mesmo.
NARRADOR: Assim, conforme lhe foi ordenado, partiu o servo, levando a preciosa botija, obra-prima do oleiro. Porém a estrada se perdia de vista.
(Sai o servo pelo canto direito da igreja, e roda por de trás dos bancos, depois retorna pelo lado esquerdo. )
NARRADOR: Atravessava planícies e rios. Algumas vezes se estendia pelo alto dos montes, outras vezes pelo fundo dos vales. Passados muitos dias, o servo encontrou um homem enganador.
(Esse homem poderá sai no meio dos bancos da igreja)
HOMEM: E ai amigo, o que fazes com essa botija.
SERVO: Estou levando para um reino distante, pois foi a pedido do meu amado rei.
HOMEM: Deixa esse negócio para lá, vou te ensinar umas coisas, como ler as mãos, fazer adivinhações, ganhar a vida na mamata, topas..
SERVO: Não sei estou andando a tanto tempo, mas acho que sim… (Saem abraçados para o canto da igreja.)
NARRADOR: e o servo fez amizade com aquele homem enganador, ficou um bom tempo e aprendeu muitas coisas principalmente como enganar as pessoas. Porém um dia acordou como se fosse de um pesadelo, lembrou da ordem do rei, e foi procurar a botija e a encontrou toda empoeirada e trincada. Tomou e voltou para a estrada . (dá um abraço no HOMEM: que sai de cena – começa a andar para lá e para cá).
Tomou então o servo a estrada, porém não foi por muito tempo, na primeira subida ele avistou uma nova cidade que tinha um templo de idolatria. Então ali pensou que poderia ficar muito rico enganando as pessoas e foi isso que ele fez.
(entram 5 pessoas, 3 mulheres e dois homens, segurando uma estatua de qualquer coisa, e adorando-a se prostram perante a estatua.)
SERVO: Ola amigos tem lugar ai para mim, pois esse deus de vocês eu também o adoro.
(e dobra os joelhos perante a imagem) Bom tenho muitas coisas boas para vocês.
MULHER: O que por exemplo.
SERVO: eu posso adivinhar o futuro, pois sei de tudo, se me pagares um bom dinheiro…
NARRADOR: e assim o servo mais uma vez saiu dos caminhos que o rei tinha pedido, e ganhou muito dinheiro naquela cidade de pessoas idolatras.
(senta com todos ao redor, fazendo cena como se estivessem se divertindo).
NARRADOR: Com o tempo o servo tornou-se fraco e doente. Perdeu tudo que tinha, foi desprezado e expulso da cidade. (mostra as pessoas expulsando o servo do local onde eles estavam, e o servo sai andando cabisbaixo em direção oposto onde estava e senta.) O servo, agora só e doente, na miséria, se lembrou mais uma vez da botija e da ordem do rei. Sentiu que a ultima chance de sua vida era terminar a jornada e receber a recompensa.
SERVO: Isso mesmo, estou doente, estou na miséria, estou sem amigos, mas não estou morto, onde está a botija do meu amado rei, puxa como ela ficou feia, com rachaduras, e sem brilho, mas vou cumprir o que prometi ao meu rei.
(Sai andando pelo meio da igreja novamente.)
NARRADOR: E foi o servo cumprir a ordem que o seu rei havia lhe dado. Cansado retornou a estrada, agora não havia mais amigos, pois o servo está, feio, envelhecido, doente e fraco. E com muito sacrifício, chegou finalmente ao seu destino. Vendo os majestosos portões, o primeiro sentimento que teve foi de remorso. Afinal desperdiçara tanto tempo por nada.
(chega o servo em frente da igreja e é recebido pelo outro rei)
REI: Afinal homem quem é você, assim todo mal arrumado, doente , fraco que quer falar comigo.
SERVO: Me perdoe rei, é que meu amo me enviou para lhe dar esta botija de presente, que era muito linda, me falando que o senhor estaria aqui para me recompensar por tudo que havia feito para ele. Porém acabei fazendo coisas erradas durante toda essa caminhada, e a botija acabou fazendo rachaduras…
REI: Certo servo, mas me diga o que queres.
SERVO: Majestade, aqui esta a botija! Estou velho, cansado, doente, e nada tenho na vida. Rogo-te que me concedas a recompensa, para que descanse em paz.
NARRADOR: Porém o rei ao ouvir toda história daquele servo, pegou o jarro e verificou que nada tinha dentro do mesmo, e disse:
REI: Pobre homem! Não cuidardes desta botija, pensando que estava vazia. Na verdade, ela trazia tua recompensa: o mais fino outro em pó que nela foi colocado e tu deixastes cair pelas trincas e rachaduras. Se tivesses ouvido a voz daquele que te enviou, terias guardado este tesouro.
NARRADOR: Assim, também foi a tua vida. O teu corpo era a botija e a tua alma o ouro que ela continha. Deixando o caminho no qual devias andar, adquiristes males e vícios, trincando teu corpo com o pecado e a doença, tal qual esta botija envelhecida. As virtudes, o amor, a bondade, a fidelidade e a obediência, foram levadas da tua alma, assim como o ouro foi derramado da botija, sem que tu percebesses. Hoje não tens recompensa. Esta vazia a tua botija como vazia esta a tua alma.
Sábio é o homem que guarda a sua botija, preservando a sua alma. Terá sempre um precioso tesouro do qual virá paz, alegria e a recompensa final: Nossa salvação em Jesus! Amém.
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2011