O JARDIM DA CRIAÇÃO

Adaptação de uma peça já existente que explica com a linguagem infantil porque foi necessário Jesus morrer em nosso lugar.
Os personagens são animais, duas crianças.
Jesus e Deus são representados por jardineiros.

(Entra em cena o narrador cumprimentando as crianças)
NARRADOR – Vou contar uma história para vocês. Era uma vez um jardim muito lindo, o mais bonito do mundo inteiro. Esse jardim era especial. Tinha árvores especiais. Árvores de chocolate (puxa uma árvore pequena da caixa), árvore de pizza (puxa a árvore) e de algodão doce. Nele passavam rios de refrigerante (tira latinhas de refri da caixa). Esse jardim era muito bem cuidado por isso era o mais gostoso. Que delícia! Esse jardim era habitado por muitos bichos, bichos que eram mansos (puxa bichos de papel da caixa). O leão, o elefante, a onça…. Tinha também a dona gata e a dona cigarra (entram as duas) o rato e o bicho preguiça (entram os dois). Todos viviam em perfeita harmonia. Um dia entraram duas crianças no jardim.
(As crianças entram no jardim maravilhadas)
MENINO – Puxa que legal! Quanta coisa gostosa! Olhe, uma árvore de chiclete!
MENINA – Ali tem um monte de balinhas. Ai eu quero!! Que delícia!
MENINO – Vamos comer de tudo um pouquinho?
MENINA – Será que podemos?
MENINO – Será que esse jardim tem um dono?
(Entra um homem vestido de jardineiro)
JARDINEIRO – Tem sim crianças. Eu sou o dono de tudo isso. Eu cuido desse jardim com muito carinho.
MENINO – Desculpa senhor, nós só estávamos olhando.
MENINA – É, a gente já estava até indo embora.
JARDINEIRO – Não crianças! Não se preocupem! Esse jardim foi feito para vocês. Comam de tudo, só não comam daquela árvore ali. Ela está no meio do jardim. Estão vendo? É uma árvore diferente. Quem come dela acaba amarrado e preso por causa da própria desobediência. Mas tirando ela vocês podem comer de tudo.
(Crianças, Deus e os animais ficam brincando no fundo)
NARRADOR – O jardineiro e as crianças se tornaram grandes amigos. Todos os dias brincavam um pouco e passavam muito tempo conversando e rindo. Mas existia também uma bruxa. Essa bruxa não gostava do jardineiro. Ela sabia o quanto o jardineiro amava as crianças e queria separar os três para ver o jardineiro triste.
(Deus e os animais saem e as crianças ficam brincando sozinhas)
BRUXA– Vejam que surpresa mais agradável! Que crianças mais bonitinhas. O que vocês fazem por aqui?
MENINA – A gente estava só passando…
MENINO – O jardineiro disse que tudo isso aqui foi feito para nós.
MENINA – Quase tudo. Desta árvore aqui a gente não pode.
MENINO – Ih! Eu já ia me esquecendo. Dessa árvore nós não podemos comer.
BRUXA– Não podem? Que jardineiro mais egoísta! Aposto que ele quer essa árvore só para ele. Vejam crianças, como esses doces são bonitos e parecem ser muito saborosos. Devem estar uma delícia! Comam crianças um doce só. O jardineiro nem está vendo., aproveitem enquanto eu estou aqui para ajudá-los. Se eu o vir chegando dou logo um grito e vocês se escondem . Não demorem muito, como logo vamos, vamos. Não percam tempo pensando.
MENINA – Eu não aguento mais, vou pegar só um. Vou dar só uma lambidinha. Vem menino, vem comigo.
(Enquanto as crianças mordem o doce, o bruxo amarra as duas com uma corda)
BRUXA – Gostaram do doce crianças? Agora vocês estão amarrados e presos não podem mais brincar! Há,há,há! Eu consegui, eu consegui! Agora o jardineiro vai ficar muito triste! Eu venci! Eu venci!!!
NARRADOR – Que tristeza, as criança ficaram amarradas por causa da desobediência. Essa acorda aperta muito, muito. Ela aperta até quem estiver presa nela ficar sem ar.
DEUS – Crianças! Onde estão vocês?
MENINO – Estamos aqui! Estamos com muita vergonha! (chorando)
MENINA – Nós desobedecemos o senhor. Comemos da árvore do meio do jardim. Foi a bruxa quem mandou!
MENINO – E eu comi porque essa menina me ofereceu.
JARDINEIRO – Crianças! Eu estou muito triste. Vocês me desobedeceram e ficarão presos até não conseguir mais respirar. Esse é o preço da desobediência. Mas eu já estou preparando um plano para libertá-las.
(Sai o jardineiro)
NARRADOR – As crianças ficaram muito assustadas porque a corda apertava muito. Amarrados eles não podiam mais brincar com o jardineiro.
MENINO – Tive uma idéia vamos pedir ajuda para os animais do jardim. Dona gata! Dona gata!! Socorro!!
GATA – Miau…. o que vocês fizeram?
MENINA – A gente comeu o doce que não era para comer. Tire essa corda da gente dona gata.
GATA – Eu gosto de cordas. Tenho um monte delas, mas são de lã. Já sei! Eu vou pegar a minha corda, vou amarrar aqui, puxar ali, dou uma volta e outra volta. Aí eu vou conseguir desamarrá-los. Não pode ser tão difícil.
NARRADOR – O filho do jardineiro amava muito as crianças também. Ele não queria que as crianças ficassem presas e amarradas naquelas cordas. Ele amarrou em si mesmo as cordas que amarravam as crianças para que elas pudessem ser livres para brincar com o jardineiro.
(As crianças se alegram no início, mas depois se entristecem ao verem que o filho do jardineiro agora está preso pela corda.)
MENINO E MENINA – Mas ele não fez nada para estar preso daquela maneira.. Nós é que pecamos, te desobedecemos. Ele não fez nada!
JARDINEIRO – Vocês pecaram, e todo pecado tem um preço. Como vocês não tem como pagar pelo pecado que cometeram, meu filho ficará no lugar de vocês e pagará o preço com a própria vida.
(As crianças saem com o jardineiro, e o filho fica no centro sem conseguir respirar, sendo apertado pelas cordas até cair morto no chão.)
(A bruxa aparece para ver o que está acontecendo e fica alegre com a cena.)
(Uma música bem alegre começa a tocar e o filho do jardineiro se levanta. Joga fora as cordas. As crianças entram com o jardineiro e abraçam o jardineiro.)
MENINO – Você foi mais forte que as cordas!
MENINA – Você conseguiu arrebentar as cordas pela gente! A gente nunca conseguiria fazer o que você fez. Muito obrigada.
(Os três se abraçam)
FILHO DO JARDINEIRO – O bruxo está vindo. Você já sabem o que fazer, né?
MENINO E MENINA – Sabemos.
BRUXO – Como assim? Ele está vivo? E as cordas? Crianças você não querem mais uma mordida, não?
MENINO E MENINA – Sai pra lá bruxo!!!
(Crianças empurram o bruxo. Voltam e saem abraçados com o jardineiro e com o filho)
NARRADOR – E assim termina a nossa história. FIM

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