Mensagem: A criança, a moça, a dona de casa, a mulher idosa, todas têm preocupações, quando chega o natal.
Nesta situação, uma voz incisiva lembra-lhes repetidamente: Não esqueçam o melhor.
Não esqueçam o melhor.
E, após verem seus sonhos de Natal desvanecidos, procuram por aquilo que a voz lhes indicara.
Tipo: Encenação natalina, apontando preocupações de todas as idades.
Época: Atual, apontando para o acontecimento natalino representado pelo presépio.
Personagens: Criança, moça, dona de casa, mulher idosa, voz.
Requisitos: Recinto preparado para a festa de Natal, com pinheirinho, etc. Para a criança, uma boneca, bola, e bicicleta. Para a jovem, anel, colar, sapato, vestido. Para a dona de casa, liquidificador, ferro, aspirador de pó. Para a mulher idosa, xale, chinelo, cadeira de balanço. Tudo arrumado numa mesa e na sala.
Cena I
CRIANÇA: (Entra com muita alegria) Que linda festa de Natal, que alegria sem igual. Meu sonho realizou-se, tudo isto aqui é meu. (Toca nos presentes). Foi o papai Noel que deu. Poderei brincar muito agora. (Pega os presentes e quer sair).
VOZ: Não esqueça o melhor.
MOÇA: (Entra, olha os seus presentes) Como me alegro com os meus presentes. O vestido é lindo, os sapatos, o anel, e o colar, também. Valeu a pena este papai Noel. Para o próximo baile vou me enfeitar, quero ser a mais bonita e a todos agradar. (Ela tenta sair com seus presentes)
VOZ: Não esqueça o melhor.
MOÇA: (Para, surpreendida). O que foi que eu esqueci? (Procura). Para mim o melhor é isto aqui.
DONA DE CASA: Enfim chegou o grande dia. Quanto trabalho e preparação não deu! Mas agora todos estes lindos presentes vão facilitar a minha lida: o novo ferro de passar, o liquidificador e o aspirador, agora tudo vai melhorar. Estou contente, não posso me queixar.
VOZ: Não esqueça o melhor.
DONA DE CASA: (Escuta. Pensa). O melhor, o melhor – o que há de ser? Na minha infância e juventude, o Natal era um grande festival, mas agora que se conhece a realidade, não se espera nada de especial.
MULHER IDOSA: Natal é hoje… Agora sou velha, muitas vezes sinto fraqueza e frio. Para todos estes males, como é bom este xale, este chinelo e a cadeira de balanço para o meu descanso. Para mim tudo passou, mulher sem esperança, sem futuro, sou.
VOZ: Não esqueça o melhor.
MULHER IDOSA: (Surpreendida). De onde veio esta voz! Parece que ela me dá nova esperança, como no tempo em que eu era criança.
Cena II
(Pinheirinhos, enfeites caídos, objetos natalinos quebrados, em desarrumação).
CRIANÇA: Toda a minha alegria de Natal sumiu. A boneca está estragada, na bicicleta falta uma roda e a bola já furou. O pinheirinho está murcho, não posso mais me alegrar. Vou à procura do melhor, que aquela vez havia esquecido e que pela Voz me foi indicado. (Sai).
MOÇA: (Entra) Vejam só o meu vestido, como ele está feio. O colar arrebentou, o sapato estragou, só o anel ainda é meu, mas a pedra já caiu. Vou agora à procura do melhor, que aquela vez havia esquecido e que pela Voz me foi indicado. (Sai).
DONA DE CASA: Enganei-me muito, quando pensei que o trabalho fosse diminuir. Mas… o fardo da vida continua pesado, mesmo com os aparelhos que me foram presenteados. Vou agora à procura do melhor, que aquela vez havia esquecido e que pela Voz me foi indicado. (Sai).
MULHER IDOSA: Tenho uma nova esperança, desde que esta voz veio a mim; sei que existe algo melhor e nisto acredito sem receio.
Cena III
(Cenário: Apenas um presépio, podendo-se complementar com Maria, José, etc.)
CRIANÇA: (Entra, nem olha para o presépio.)
VOZ: Aqui se encontra o Melhor. Criança, não vá. Não passe, não. Jesus, o filho de Deus, tornou-se o seu irmão.
CRIANÇA: Que isto aqui seja o Melhor, nisto não posso crer. Nada aparenta esta criança – e ela deve ser toda a minha esperança? (Fica de pé junto ao presépio.)
MOÇA: (Entra e quer passar pelo presépio.)
VOZ: Moça, ó moça, não procure passar. Se quer encontrar o melhor, que não vai estragar. Acredite. Esta tão pobre criança quer tornar-se a sua esperança.
MOÇA: (Indica para o presépio). Isto aqui? Até tenho que rir! Nada aparenta esta criança. E isto é para ser a minha esperança? Eu espero por algo muito melhor…
VOZ: Moça, não se deixe iludir por coisas que tudo prometem e nada podem cumprir.
MOÇA: (Fica parada no presépio).
DONA DE CASA: (Entra com sacola e quer passar rapidamente).
VOZ: Não passe pelo presépio, não, pois este menino Jesus quer ser o seu irmão. Ele, o melhor em sua vida, quer ser tudo o que o mundo não pode oferecer.
DONA DE CASA: Não posso crer nisso, este Jesus quer ser o meu irmão? Qual é a vantagem que eu tenho disto, que ao mundo veio este Jesus Cristo? (Para junto ao presépio)
MULHER IDOSA: O mundo não cumpriu o que prometeu. Mas sei que temos algo melhor. Pois a Bíblia o diz: Deus, o mundo de tal maneira amou, que para nós o seu Filho mandou, e que todo o que nele crer, nunca irá perecer. (Para junto ao presépio).
VOZ: Este Cristo é o melhor que pode haver, vida plena, paz e perdão para todo aquele que crer.
MULHER IDOSA: Desde que a voz veio a mim, estou numa procura sem fim. Será que é mesmo assim? Será que existe algo melhor também para mim?
VOZ: Sim, aqui encontra o que procura.
MULHER IDOSA: (Chega bem perto do presépio). Estou no fim da minha vida, pensei que nada mais havia a esperar – mas sinto, perto desta criança, uma alegria que é sem par.
VOZ: Esta criança é eterna – e a vida eterna quer dar.
(Criança, moça, mulher e mulher idosa dão-se as mãos).
CRIANÇA: Podemos ficar contentes com todos estes presentes que a vida nos pode ofertar,
MOÇA: mas não precisamos a eles nos apegar, pois temos algo muito melhor a nos esperar.
DONA DE CASA: Para aplacar o nosso anseio, esta criancinha a nós veio. Ela hoje vive em nosso meio pela Palavra que de Deus nos veio.
MULHER IDOSA: E quando a nossa vida aqui terminar e tudo o que ela oferece acabar, então teremos algo muito melhor. Pois a Palavra divina diz: Deus, o mundo de tal maneira amou, que para nós o seu Filho mandou, e que todo o que nele crer, nunca irá perecer.
TODOS: Feliz Natal! E que todos nós contentes vivamos em alegria com Jesus – o melhor presente.
Este texto foi publicado originalmente no material da “Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas” de 1992
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