Mt 25, 31-46
A peça é baseada na passagem acima citada, do julgamento de JESUS dos justos e injustos no dia de sua volta majestosa.
A peça retrata o personagem matuto (trabalhador rural – caipira) José da Viva Fé, que na sua simplicidade, no seu pequeno mundo e vida simples, consegue ver a grandeza de DEUS e a graça DELE em sua vida, e procura estar sempre se relacionando com o Senhor através de suas singelas orações, e se sensibilizando com os sofrimentos de seus semelhantes, ajudando-os dividindo o pouco que tem.
Em contrapartida, ele enfrenta na luta diária a incredulidade e dureza de coração de seu patrão Coronel Armando Kalado.
JOSÉ DA VIVA FÉ e CORONEL ARMANDO KALADO
Cenário: Terras de plantio do CORONEL ARMANDO KALADO: (ex.: tnt´s marrons e verdes espalhados pelo chão representado a terra e plantação) e sol escaldante. (Ex.:fundo amarelo com luzes vermelhas…)
Figurantes representando demais trabalhadores, segurando e enxada e posicionados em cena congelada, enquanto José V. F. e Cel Kalado estão no palco.
Característica dos Personagens
JOSÉ DA VIVA FÉ: Físicas: Magro, pois se trata de um personagem trabalhador rural e explorado por seu patrão, sendo um sobrevivente. Roupas simples – Calça jeans surrado, camisa velha e chapéu de palha.
Espiritual: Temente a DEUS, possuído de fé, dependente da ação do Senhor, testemunha fiel do SENHOR aos colegas de trabalho e ao Coronel Kalado, corajoso em revelar sua fé em JESUS/DEUS ao Coronel (incrédulo e egoísta), intercessor por aqueles que sofrem e deve ter mais alguma coisa…. caro ator descubra através do roteiro, pois depende de sua pessoa colocar vida no personagem. Ore ao Senhor!!! Pois, mostrar o homem espiritual é o mais importante!
Caráter: Trabalhador acima da média (pois o Kalado o explora), grato, compassivo, manso, que compartilha, que ainda consegue ver bondade no CAK , hãmm… que mais…. honesto, observador , não aponta o dedo para os erros de ninguém, é integro e sábio no seu falar.
CORONEL ARMANDO KALADO: Em todos os quesitos o pior possível e impossível que o ator puder fazer!!!
Físicas – Grande, forte, alto…. porte físico contrário ao do José V. F. para haver destaque entre um e outro. Traje de fazendeiro, com cintão e chapéu de peão, mais menos isso.
Espiritual – Não é nem descrente, mas totalmente alienado a DEUS, e sem nenhum temor consequente.
Caráter : O pior possível, sem valores e totalmente voltado pra si mesmo.
Quando entra no palco, demonstra sempre estar bravo e irritado com os constantes momentos que JVF investe em se relacionar com o SENHOR, e que na visão do CAK, é sinônimo de prejuízo financeiro.
1a. CENA – Introdução
(Figurantes entram no palco figurantes mais ao fundo e José V. F. se posiciona mais a frente.
José V. F. se ajoelha, tira o chapéu e no sotaque caipira, faz a sua oração ao Senhor: [cenas repetidas que marcam a peça, porém com orações diferentes exaltando a JESUS])
JOSÉ DA VIVA FÉ: Diiiia JESUS?! FIO DE DEUS!!!
Brigado por mai um dia de trabaio, pelas forças desse seu humirde servo, pelo matar da fome da minha fiarada… (José V. F. é interrompido pelo Coronel)
CORONEL ARMANDO KALADO: (aos berros, que faz José V. F. levantar aos pulos)- Zééééé da Viva Féééé. di novo ocê parano o trabaio pra fica aí falano só, ocê tá ficano doido home de DEUS!!!
JOSÉ DA VIVA FÉ: (tentando se explicar)Tô não…patrão… (Zé empolgado) DEUS falou pros senhô que sô home DELE?
CORONEL ARMANDO KALADO: Dexe de doidice, é modo de dizê. Volte ao trabaio!!!!!!!!
(Coronel A.K. se retira da cena, começa tocar uma música (a escolher) os trabalhadores e o (José V. F.) encenam a rotina de trabalho (preparo da terra com a enxada) e depois se retiram , marcando o fim do expediente e só fica José V. F. no palco.0
(Novamente José V. F. se ajoelha tira o chapéu e ora a JESUS)
JOSÉ DA VIVA FÉ: Nooooite JESUS – FIO DE DEUS que estica o cér como uma cortina, brigado pelas hora que fecho o zóio pra descansá e as hora que abro o zóio prá trabaiá.
Brigado por esse coração que bate dentro desse peito sem me esforçá e o sangue que nas minhas veias vive a jorrá.
Tem piedade di meu meu patrão, que pecador como eu, venha se arrependê, lamentá e a ti a vida entregá.
2a. CENA – Tive fome, sede e me deste o que comer e beber; estive nu e me deste o que vestir, fui forasteiro e me hospedaste.
Cenário – idem a 1a. cena
(José V.F. nas terras de plantio do coronel Armando Kalado, no palco, se ajoelha, tira o chapéu e no sotaque caipira, faz a sua oração ao Senhor)
JOSÉ DA VIVA FÉ: Diiiiiiia Senhô JESUS, FIO DE DEUS, MEU SALVADÔ qua bria e alumia mais que esse sor de cada dia….(José V. F. é interrompido)
CORONEL ARMANDO KALADO: (muito bravo) ZÉEEEEE DA VIVA FÉÉÉÉ. Já te mandei pará com essa doidice, assim ocê me dá prejuízo, não pago empregado pra falá com as moscas, tu visse?
JOSÉ DA VIVA FÉ: Senhô, falo com meu DEUS…
CORONEL ARMANDO KALADO: Má que deus? O teu deus sô eu, que pago teu salário.
Se te ponho na rua , tu come o quê?
Esse teu DEUS vai sustentá a tua vadiagem?
JOSÉ DA VIVA FÉ: A bondade do SENHÔ está por toda terra, incrusive aqui na terra do patrão..(o coronel o interrompe corrigindo-o)
CORONEL ARMANDO KALADO: Coroné Armando kalado!!! ; Dexe de bestera Zé da Viva Fé.
(Entra uma família, Casal e pelo menos 4 a seis crianças, vestidas com roupas em farrapos, sujas e aparentando estar com fome)
HOMEM DA FAMÍLIA: (se dirige ao Coronel A.K.) Senhô, será que podemo ter um dedo de prosa…
CORONEL ARMANDO KALADO: Coroné Armando Kalado!!! – Má que dedo de prosa!!!! Num quero sabê de pedinte nas minhas terras não!!!…
HOMEM DA FAMÍLIA: Só te peço um trabaio, minha famia passa fome… Coroné Armando Ke…to?
CORONEL ARMANDO KALADO: Coroné Armando Kalado!!! ; Já tenho trabaiadô por demais aqui, tem até um que fica parano o serviço pra fica oiando procéu e feito doido prozeando sozinho. Vá se embora, antes que eu mande meus capatais expulsá oceis daqui!!!
HOMEM DA FAMÍLIA: (implorando, esposa chorando…) ao menos um prato de comida pra modo matá nossa fome!!! Coroné Armando Silên….ço?
– CORONEL ARMANDO KALADO: KALADO!!! Coroné Armando Kalado!!!!; Má quê, se te do hoje, amanhã ocê vorta e se acostuma com a boa vida.
E quem mandô tê munhé e fiarada.
Porisso não tenho famia pra come meu dinheiro feito arface.
Vá se embora senão chamo meu capatais…. (José da Viva Fé interrompe)
JOSÉ DA VIVA FÉ: Patrão… Coroné Armando Kalado, tem compaixão de nóis, aqui tem trabaio demais e gente de menos, dê trabaio ao home!
CORONEL ARMANDO KALADO: Oque ocê tá dizeno. Tá me chamano de home explorador.
Tá reclamano da minha generosidade, de mantê um doido como ocê aqui. Pois tá resorvido, ponho ocê na rua e emprego esse home…
HOMEM DA FAMÍLIA: De jeito nenhum!!!! Num vi aqui prejudicá o irmão. Se o senhô pudé nos dá um copo de água que seja , já saio por satisfeito.
CORONEL ARMANDO KALADO: . – Fora de minhas terras, ocê já tomou muito de meu tempo e ainda qué tomá minha água, não quero sabê de pedinte… Fora!!!
Ocê Zé da Viva Fé, vô descontá do seu ordenado a ofensa que ocê hoje fez a minha pessoa, e pra mostrá que sou bom, vou te mante empregado.
(Coronel Kalalado sai do palco de um lado e familia sai de outro – bem devagar.
As escondidas José V. F. corre até a familia)
JOSÉ DA VIVA FÉ: (Ofegante)-Ôoo irmão, vamo pra minha casa, lá minha munhé vai prepará comida e te dá água pro modo matá a sede dos seis, e pooooooode lá fica até o amigo arranjá trabaio.
(José os observa com piedade) Minha munhé tamém vai aprontá umas ropas menhó proceis.
HOMEM DA FAMÍLIA: (mulher chora e tb agradece) Não sei como agradecê o amigo,(gesto de puxar os bolsos das çalças pra fora) num tenho dinhero nehum comigo…
JOSÉ DA VIVA FÉ: Ora..ora irmão, agradeça a JESUS. Se ele de graça me dá de graça tb te dô.
(Família sai do palco. Começa a tocar uma música (a escolher) os trabalhadores e o José V. F. encenam a rotina de trabalho (preparo da terra com a enxada) e depois se retiram, marcando o fim do expediente e só fica José V. F. no palco. Ao terminar o dia de trabalho novamente José V. F. se ajoelha tira o chapéu e ora a JESUS)
JOSÉ DA VIVA FÉ: Nooooite JESUS – FIO DE DEUS.
Brigado por não tê preguiça na minha pessoa, faiz de eu como as formigas, trabaiadoras e sabichonas .
Ao meu amigo e sua famia, que com alegria do SENHÔ, recebo no meu lar, abençoa-os com o pão de cada dia e com PÃO DO CÉR e que na vida eterna nóis venha nos encontrar.
Tem piedade di meu meu patrão, que pecador como eu, venha se arrependê, lamentá e a ti a vida entregá
3a. CENA – Estive doente e foste me visitar.
(Cenário – Idem 1a. e 2a. Cenas)
JOSÉ DA VIVA FÉ: (nas terras de plantio do coronel Armando Kalado no palco, se ajoelha, tira o chapéu e no sotaque caipira, faz a sua oração ao Senhor)
JOSÉ DA VIVA FÉ: Diiiiiia Senhô JESUS, FIO DE DEUS, MEU SALVADÔ.
Que um dia na pesada e dolorida cruz, deu cabo do danado do nosso pecado, pra modo nois ter vida na sua luiz…. (interrompido..)
CORONEL ARMANDO KALADO: ZEEEEE DA VIVA FÉÉÉÉÉ!!!!!. Mai vim aqui só pra conferi.
Ocê é doido memo!
Se não fosse home tolerante, já tinha colocado ocê na rua.
Mai vô descontá o tempo que ocê gasta meu dinhero falando procéu.
JOSÉ DA VIVA FÉ: Patrão… falo com DEUS….
CORONEL ARMANDO KALADO: Ja te disse, mai ocê é uma mula empacada. Ainda teima com essa história de deus!!!…
(Cel. levanta o braço no gesto de exibir os músculos e depois bate com a mão nos bolsos –
Eis aqui o meu deus, sem força e sem dinhero, o home nesse mundo véio sem portera não é nada. (Jose V.F. interrompe)
JOSÉ DA VIVA FÉ: Eu ia ora a DEUS pelo companheiro de rossa, que tá adoentado em casa, padeceno na cama….
CORONEL ARMANDO KALADO: To sabeno, menos um pra pagá ordenado!!!
JOSÉ DA VIVA FÉ: Ôooo patrão, o colega ter verviu tanto tempo… ficou doente de tanto trabaio, agora que ele precisa……, pelo menos uma visita para consolar o coração.
CORONEL ARMANDO KALADO: Pois é, mas agora não me serve mais….e tenho mais o que fazê do que ficá visitano moribundo, além do mais doença atrai doença e fim de papo, ao trabaio!!!
JOSÉ DA VIVA FÉ: Patrão me permite largar mais cedo pra modo visitá o amigo?
CORONEL ARMANDO KALADO: Desconto no ordenado as horas…..
JOSÉ DA VIVA FÉ: Mai agradeço a bondade do patrão. (Hellou ator!!! O personagem está sendo sincero!)
(Coroné Armando Kalado se retira da cena, começa tocar uma música (a escolher) os trabalhadores e o JVF encenam a rotina de trabalho (preparo da terra com a enxada) e depois se retiram, marcando o fim do expediente e só fica José, que se ajoelha tira o chapéu e ora a JESUS:
JOSÉ DA VIVA FÉ: Noooooite JESUS – FIO DE DEUS – Vem SENHÔ comigo o irmão doente visitá. E com suas boas palavras possa o irmão consolá e suas dores aliviá.
Tem piedade di meu meu patrão, que pecador como eu, venha se arrependê, lamentá e a ti a vida entregá.
4a. CENA – Estive preso e foste ver-me
Cenário – Idem da 1a, 2a, e 3a. Cenas.
José V. F. nas terras de plantio do coronel Armando Kalado, no palco, se ajoelha, tira o chepéu e no sotaque caipira, faz a sua oração ao Senhor)
JOSÉ DA VIVA FÉ: Diiiiiiia Senhô JESUS, FIO DE DEUS, MEU REDENTÔ que por nóis como cordero foi levado ao matadô, má venceu a morte e tá sentado à direita do nosso SENHÔ… (interrompido)
CORONEL ARMANDO KALADO: ZÉÉÉÉÉ DA VIVA FÉÉÉÉÉ, (em tom de deboche musicalizado, essa cena ele tá de bom humor) – todo dia ele faz tudo sempre iguar….lá lá lá lá lá… (Cel Armando K olha para o ceu) – Tá falano de novo com teu deus azuzinho com nuvenzinhas brancas?…
A pivetada vai chamá o seu DEUS do tar de esmorfe.
JOSÉ DA VIVA FÉ: ( Perplexo) -Patrão… ocê não tem medo de DEUS..?!!!
CORONEL ARMANDO KALADO: Coroné Armando Kalado!!! ; Mai ocê não pensa!!!! (bate com a mão na cabeça) Como arguém vai te medo de argo que não axiste!!!
JOSÉ DA VIVA FÉ: Eu ia ora ao meu DEUS, pelo amigo que foi preso…. que o patrão mandô embora..
CORONEL ARMANDO KALADO: Vi no noticiário. Cabra ladrão… foi robá galinha pra modo enche a pança da fiarada. Tem que vê o sor nasce quadrado memo!
JOSÉ DA VIVA FÉ: (Falar entoado e com emoção)- Mai foi num momento de afrição… tá errado…. mai ele tá lá na prisão, coitado, arrependido de ter a DEUS e a famia envergonhado.
CORONEL ARMANDO KALADO: Não interessa se foi galinha ou cadera, ladrão tem que í pra cadeia. Ladrão que roba ladrão cem anos de perdão, mai como não é caso do cabra-mula, cem anos de prisão!…(risadas sarcásticas) kákákákáká…
JOSÉ DA VIVA FÉ: Como… num entendi?
CORONEL ARMANDO KALADO: Dexa cabeçudo! Nada de reza pra cabra que não presta!!! Ao trabaio.
JOSÉ DA VIVA FÉ: Coroné permite largar mais cedo pra mode visitá o amigo?
CORONEL ARMANDO KALADO: Já sabe, desconto do ordenado, e não traga esse cabra aqui se não eu memo mando ele de vorta pro xilindró.
JOSÉ DA VIVA FÉ: Agradeço a bondade do patrão.(Hellou ator!!! O personagem está sendo sincero!)
CORONEL ARMANDO KALADO: Coroné Armando Kalado!; E não é pra acostumá, pois minha bondade não dura pra sempre.
(Coronel Kalado se retira da cena, começa a tocar uma música (a escolher) os trabalhadores e o JVF encenam a rotina de trabalho (preparo da terra com a enxada) e depois se retiram, marcando o fim do expediente e só fica JV no palco.
Ao terminar o dia de trabalho novamente José V. F. se ajoelha tira o chapéu e ora a JESUS)
JOSÉ DA VIVA FÉ: Noite JESUS – FIO DE DEUS – NOSSO LIBETADÔ –
Venho nesse momento de afrição, orar pela liberdade do meu irmão.
Fez o que não devia, mai quem somo nois pra condená, se o Senhô que é DEUS prefere perdoá.
Tem piedade di meu meu patrão, que pecador como eu, venha se arrependê, lamentá e a ti a vida entregá.
5a. CENA – O Julgamento de JESUS
(Cenário – Julgamento de JESUS (Ex.: Todo cenário branco – personagem JESUS vestido de branco com um chapéu tb branco)
José V. F., pelo lado direito entra no palco com se tivesse perdido, apenas uma voz (voz de JESUS) fala:
JESUS: Diiiiiiiia José da Viva Fé!
JOSÉ DA VIVA FÉ: Senhô nunca te vi em carne e osso, mai sei que é SENHÔ que fala!
(Personagem de JESUS entra no palco do lado esquerdo, se posiciona no meio, fita JVF, tira o chapéu e repete a frase)
JESUS: Diiiiiia José da Viva Fé.
(José V F se ajoelha, tira o chapéu e com a vox trêmula diz:)
JOSÉ DA VIVA FÉ: Senhô JESUS FIO DE DEUS, não sô digno que tire o chepéu pra minha pessoa, sô home miserave e pecador e o SENHÔ é DEUS SANTO!
JESUS : Pois tiro o chapéu pra vc com imensa alegria, pois:
tive fome e me deste o que comer;
tive sede e me deste o que beber;
era forasteiro e me hospedaste;
estava nu, e me deste o que vestir;
estava doente e preso e foste me visitar;
JOSÉ DA VIVA FÉ: (ainda ajoelhado e emocionado) – Senhô…, meu patrão tinha razão, sô home doido. Pois como fiz tudo isso pro meu DEUS, e minha cachola num lembra.
(Entram no palco, lado direito para se juntar ao José V F) a família e todos os figurantes. JESUS fala apontando para todos que acabaram de entrar no palco)
JESUS: Em verdade lhe afirmo que, sempre que o fizeste a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.
Pelo lado esquerdo do palco entra o C A K. também perdido.
CORONEL ARMANDO KALADO: (voz desonfiada) Zé da Viva Fé? Até aqui nos encontramo?
JOSÉ DA VIVA FÉ: (se levanta e se direciona a JESUS) Este meu SENHÔ, é meu patrão Coroné Armando Kalado.
JESUS: (Com voz forte) Apartai de mim maldito, para o fogo eterno preparado para o diabo e seus anjos, porque: (JVF e todos, rapidamente se posicionam atrás de JESUS, como se tivessem procurando proteção contra o C A Kalado enquanto JESUS fala)
tive fome e não me deste o que comer;
tive sede e não me deste de beber;
era forasteiro e não me hospedaste;
estava nu e não me deste o que vestir;
estava doente e preso e não foste me visitar.
CORONEL ARMANDO KALADO: (temeroso…pois já percebia que estava na frente do grande JUIZ) – Me descurpe , mai quando deixei de fazê tudo isso pro Senhô, pois nunca te vi, nem mais gordo, nem mais magro… (JESUS INTERROMPE)
JESUS: (aponta novamente para as pessoas) – Em verdade te digo, que sempre que deixaste de fazer a um destes mais pequeninos a mim deixaste de fazer.
Você irá para o castigo eterno, porém estes justos para a vida eterna.
JESUS e todos os outros personagens (exceto coronel) deixam o palco ao som de uma música tranquila que dá ideia de céu.
6a. CENA continuada da 5a. cena – Coronel A K indo para o inferno
(C A Kalado, continua no palco, o cenário tem que estar escuro com luzes vermelho e amarelo representando fogo)
CORONEL ARMANDO KALADO: Deve te lugar meió pra mim, do que esse tar de cér.
(C. A. Kalado começa a pular, encenando os pés queimando no chão e no ambiente que começa esquentar, fumaças)
CORONEL ARMANDO KALADO: Eta…. tá queimano… minha boca tá seca… arguém aí (direcionando aos expectadores) me dê um copinho d´água que seja….. socorrro…. não ri da minha desgraça não….mai que chero de enxofre é esse?!!!
(Som de risos malignos e uma voz que fala)
– Há Há Há …. Seja mal vindo ao inferno, para o castigo eterno!!!
CORONEL ARMANDO KALADO: (com muito medo, se encolhe ) Ai… tô danado!!!Porque nao ovi o Zé…..
Apaga as luzes, indicando finalização da peça.
Momento do Pastor:
Na minha opinião:
Seria bom explicar, levando em consideração os visitantes que não conhecem a DEUS) , a não conversão do CAK já que JVF orava constantemente por ele.
O que acontece é que JESUS ouviu a oração e através do próprio José V F, pelas suas atitudes e seu declarar de DEUS ao patrão, JESUS usou de misericórdia para a conversão do Cel A Kalado, que por sua vez, no direito de usar seu livre arbítrio escolheu o caminho mau ao invés do bom caminho de JESUS, que é a realidade de muitas pessoas que trocam DEUS pelos caminhos de trevas do mundo. Amém?
Fim!
Tudo seja feito para HONRA E GLÓRIA DO SENHOR.
E que, se for da vontade de DEUS, que pessoas possam ser levantadas para esse ministério de evangelização de impacto, apelando-se a dinâmica da arte do teatro e conforme acordo da liderança de nossa igreja.
Paz do SENHÔ proceis todo!