
A lenda conta que num povoado aparecia uma estrela brilhante, todos os anos no natal.
Porém nos últimos anos a estrela deixou de aparecer.
Construíram um altar e resolvem levar uma oferta para trazer a estrela novamente.
Ofertaram carro, joias, artesanatos... e nada de aparecer a estrela.
PORÉM, quando um menino pobre ofertou sua vida...
Personagens(10):
Franz ( menino entre 10 e 12 anos )
Dois homens
Duas jovens
Dois jovens
Uma adolescente
Um adolescente
Um violinista
(Todos os personagens devem se trajar elegantemente; menos Franz que devera estar vestido de bermuda e, uma camiseta velha e calçado de chinelo)
O historiador devera decorar o texto e narrá-lo com vivacidade, expressando as emoções que a historia oferece.
Cenário
Arrumar o cenário como se estivessem numa floresta,
Construir um altar onde serão depositados os presentes,
Providenciar uma arvore de Natal bem grande sem enfeites, para que o menino se esconda por trás da mesma
Ato único
(Ao som de musicas tocado ao violino, bem suave, a fim de que não supere sua voz, o historiador entra e começa a contar a historia estando à frente da cortina que devera estar fechada)
HISTORIADOR: Era uma vez um garoto que se chamava Franz. Morava numa choupana humilde ao lado da grande e escura floresta, numa terra distante.
Franz era pobre. De fato, nunca tivera bastante comida, nem roupas, e muito menos o calor do amor humano. Existiam tão poucos momentos alegres em sua vida, mas sempre dentro da profundeza de seu coração, ele tinha uma coisa que o tornava feliz.
Todo ano havia um culto de Natal quando as pessoas da aldeia iam à floresta celebrar de maneira muito especial o nascimento de Cristo. Desejavam receber de Deus uma manifestação de que as suas ofertas, trazidas com sacrifício seriam aceitas..
Franz conhecia a lenda contada tantas vezes sobre o aparecimento de uma estrela numa véspera de Natal. A estrela estava num lugar baixinho, só um pouco acima das majestosas arvores da floresta. Não era uma estrela comum, pois sua luz, que enchia todo o céu parecia uma coisa viva que pulsava semelhantemente àquela que dirigia o caminho à manjedoura onde estava o menino Jesus.
O povo do vale regozijava-se com o aparecimento da estrela, pois se sentia abençoado. Mas qual não foi sua surpresa quando, tão milagrosamente como o seu aparecimento, ela sumiu, e nunca mais foi vista por homem algum.
Grande foi a lamentação, e cada adorador piedoso buscava saber em seu próprio coração se a culpa estava nele, e lutava por encontrar a falta de retidão ou o pecado que poderia ter causado a perda da luz celeste.
Os anos se passaram, e o povo teve a ideia de erguer um altar na floresta, no local onde avistara a estrela, e lá os adoradores colocariam seus presentes a Cristo, com a esperança de que houvesse entre eles uma oferta tão agradável a Deus, que novamente Ele daria a esse povo o privilegio de ver a estrela maravilhosa, com sua mensagem de paz.
Então, nessa véspera de Natal, como sempre, Franz contemplou, à porta de sua casa, a chegada dos fieis, levando suas ofertas ao altar.
Quando a longa fila acabou de passar, o menino a seguiu silenciosamente. Chegando ao altar, ele se escondeu atrás de um pinheiro, de onde acompanhou as orações dos cultuadores.( o violino para de tocar, as cortinas vão sendo abertas lentamente, enquanto o historiador termina de falar)
HISTORIADOR: As pessoas se ajoelharam diante do altar e cantavam suavemente. Franz ajoelhou-se no seu lugar atrás do pinheiro, mas pode ouvir os cânticos de louvor e as orações feitas pelos peregrinos.
(Enquanto o violino toca, as pessoas vão se levantando e depositando o seu presente no altar).
DIRIGENTE: Vamos agora solenemente entregar nossos presentes. Cada um devera colocar no altar seu tesouro de maior valor, pois temos a esperança de que se um desses for aceito por Deus, novamente a estrela possa brilhar.
UM SENHOR: Trago aqui os frutos de minha lavoura colhidos por meus empregados, não tenho duvidas que te agradarás.
(Deposita um cesto cheio de frutas no altar, olha pro céu esperando ver o brilho da estrela, mas como este não surge, sai cabisbaixo para perto dos outros adoradores.)
UMA JOVEM: (leva até o altar uma caixa bem grande, num embrulho bem bonito, e o deposita. Olha para o céu e não vê a estrela, então retorna ao seu lugar.)
UMA ADOLESCENTE: (vai se levantando e falando) Estou trazendo aqui meus bichinhos de pelúcia foram supercaros, mas é só porque desejo avistar novamente o brilho daquela estrela.
(deposita os bichinhos de pelúcia no altar já olhando para o céu e sai falando e resmungando) Poxa! A estrela não brilhou.
UM JOVEM: (vai se levantando balançando as chaves do carro) Eis aqui as chaves de meu carro, não foi possível trazê-lo aqui bem no meio da floresta, mas ele é todo seu. (Retorna ao seu lugar, pois percebe a ausência do brilho da estrela)
UMA SENHORA: Trago aqui estes presentes, frutos de minhas próprias mãos. (Coloca no altar toalhas bordadas, cortinas)
OUTRO SENHOR: (vai até o altar, retira a carteira do bolso e deposita algum dinheiro e retorna para o seu lugar)
ADOLESCENTE: Ah!Eu trouxe a minha guitarra. Meus amigos todos queriam comprá-la. Eu ganhei outra novinha, é linda!Ah!Bem, como eu ia dizendo, eu não a vendi, preferi trazê-la para colocá-la no altar. (Olha para o céu e sai falando) Ih!Não foi dessa vez.
OUTRA SENHORA: Desta vez eu resolvi colher estas lindas flores do meu jardim. É bem verdade que não enfeitei minha casa, mas tudo bem, esta sendo por uma causa justa(Fala com um risinho e sai sem graça, ajeitando os cabelos)
OUTRA JOVEM: (Vai falando cheia de soberba) Eu posso compreender o porquê de nenhum desses presentes ter sido aceito. (Fala olhando os presentes com desprezo)É devido ao valor insignificante de cada um deles.(Vai retirando as joias do pescoço, braços e mãos.)Mesmo somando todos eles, não se aproximaria do valor das riquíssimas joias que aqui deposito. (Retira-se super sem graça ao observar que a estrela não brilhou.)
HISTORIADOR: (A musica do violino para de ser tocada e observa-se um profundo silencio, se possível neste momento diminuir as luzes, colocando o ambiente escuro) Os adoradores olham para o céu na esperança de que a estrela maravilhosamente apresente o seu esplendor, mas observam que seus presentes não foram aceitos.
DIRIGENTE: Nada feito, mais uma vez a estrela não apareceu!
FRANZ: (Quando o último presente for colocado no altar, o menino se levanta olhando ansioso para o céu à procura da estrela, e quando não a vê, se sente decepcionado, triste, e assim que o dirigente termina de falar, Franz começa a chorar)
DIRIGENTE: (Segura Franz pelo braço e sacudindo-o rudemente fala) Como tiveste a coragem de interromper a cerimônia?Não sabes que nenhum olho pode assistir esse ritual senão aquele que traz sua oferta a Deus? Onde esta a sua oferta?
FRANZ: (Fala como se estivesse chorando) Meu senhor, não tenho nenhum presente, pois sou pobre. Não tenho nada neste mundo que possa oferecer a Cristo, nada.
Dirigente (Mostrando-se triste com a sinceridade de Franz, fala pensativo) Alguma coisa precisas oferecer, não podes chegar aqui sem ao menos um presente. És pobre. Não tens nada. Hum...deixe-me ver o que podes oferecer. (Pensativo)Um presente...um presente. Ah, tu amas a Cristo?
FRANZ: - Sim, meu senhor, eu o amo com todo o meu coração e toda a minha alma.
DIRIGENTE: Então, meu filho, oferece-te a ti mesmo a Deus, aqui, diante do altar, diante deste grupo de adoradores. Dá o teu coração a Deus.
FRANZ: (O menino se ajoelha diante do altar e com muita alegria e sinceridade faz a seguinte oração) Nenhuma dádiva tenho eu, nada para te oferecer, nada para dar a meu Cristo, senão a minha própria vida.
Eis-me aqui, Senhor, pronto para fazer a Tua vontade. Eu te entrego estas duas mãos para o Teu serviço; estes dois pés para ir aonde quer que Tu me enviares; estes dois olhos para ver o serviço que Tu tens para mim; os meus lábios para falar do teu santo nome e anunciar em voz alta as tuas maravilhas e, é claro, para contar a outros a historia de Ti e de teu amor.
Toma a minha vida, Senhor Jesus. É tudo que tenho.
(Todos ficam em silencio até que percebem uma luz diferente. Colocar um forte foco de luz neste momento e todos começam a falar, admirados)
ADORADORES: Olhem!É a estrela!É a estrela!
(Todos os participantes olhando na mesma direção do brilho da estrela, admirados, sorrisos nos lábios, expressão de encantamento, param os movimentos como estão, enquanto o historiador termina de falar e fecham as cortinas)
HISTORIADOR: E para surpresa de todos, lá no lugar certo, brilhando como aquela na historia do primeiro Natal que gostamos de ouvir, iluminando a escuridão como uma luz celeste indescritível, estava a estrela tão almejada!
Parecia ser a mesma estrela que iluminava o céu na planície onde os pastores guardavam os seus rebanhos.
Suavemente uma melodia era ouvida (violino) como se fosse a voz de anjos, e parecia que os adoradores tinham presenciado uma visitação de anjos, enquanto admiravam o esplendor da estrela.
Nem ouro nem joias, nem riquezas incontáveis tinham causado o milagre. Foi o presente de Franz, o menino camponês, a maior oferta que se pode dar a Cristo a dádiva da vida.
Lenda adaptada para teatro por Leila Ferreira Andrade
Fonte: Livro Programas especiais – Natal e Ano Novo - Publicação Publicação UFMBB
Pessoal, sempre trabalhei com teatro na igreja, e eu sempre digo que não existe nada difícil ou impossível de se fazer para Deus. Por isso adapte, readapte o texto, os personagens, o cenário. Use sua criatividade e nunca diga: “Não temos pessoas e nem recursos”.Apenas deixe Deus agir através de vocês